Vereditos antecipados. É preciso ser juiz?

Anônimos há – muitos – que são engraçadíssimos.
Olhem aqui este, que deixou um comentário na postagem Paulo Rocha e Sefer serão cassados pelo TSE.
Diz o comentarista:

Gostaria de saber apenas se o autor deste blog é um dos juízes do STF?
Ele fala como se fosse ele que fosse dar o veredito final!

Não, Anônimo.
O autor deste blog não é um dos juízes do STF.
Ainda não é.
“Ainda”?
É.
Ainda não é.
Porque tem esperança de chegar lá.
Se advogado pode ser juiz, por que o autor deste blog também não pode ser chamado para integrar a Excelsa (toma-te!) Corte?
Se membro do Ministério Público pode integrar a magistratura, por que jornalistas não podem aspirar a uma vaguinha no Supremo?
Se advogado pode chegar a um tribunal, por que não o autor de um blog?
Tudo é questão de tempo, Anônimo.
O blog aguarda o intimorato (toma-te! de novo) apoio da OAB para que jornalistas também tenham assento em seus conselhos.
Mas olhe, Anônimo, enquanto o autor do blog não chega ao Supremo por merecimento ou condescendência, não há nada demais em antecipar juízos.
Sabe por quê?
Porque até mesmos as partes que são demandadas já sabem que vão levar pau, que vão levar o malho, levar a pua no TSE, Anônimo.
Você quer ver, Anônimo?
Na quinta-feira passada, O LIBERAL publicou matéria distribuída pela Agência O Globo:
Quem dá declarações na matéria?
Sua Excelência o deputado federal Paulo Rocha (aí na foto).
Diz ele:

“Também vou perder no TSE. Meu destino vai ser o mesmo [de Jader]. É caso parecido [renúncia de mandato]. Mas no Supremo a gente ganha. Com certeza. Isso [negação do registro pela Lei da Ficha Limpa] é inconstitucional."

Viu só, Anônimo?
O deputado Paulo Rocha, ele mesmo, é seu próprio juiz.
E confirma exatamente a, digamos, sentença antecipada do blog.
Ah, sim.
Anônimo, se você quiser, pode se identificar, com endereço e tudo, que o autor do blog promete convidá-lo para a solenidade de posse, quando assumir uma vaguinha no Supremo.
Hehehe.