segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Lulinha sem paz e sem amor. Ao contrário, com ódio.

Lulinha, sábado à noite, foi fazer um comício em Campinas (SP).
Estava com a corda toda.
Lulinha, no comício, não estava para paz.
Nem para amor.
Lulinha paz e amor era, ao contrário, puro ódio no coração.
De quem?
Da Imprensa, é claro.
Foi logo avisando: “A Dilma pediu para me conter, o presidente do partido pediu pra me conter, mas não vou me conter”.
Feito o alerta, Lulinha começou.
Disse coisas assim:
"Se mantenham tranquilos, porque outra vez, Dilma, nós não vamos derrotar apenas os nossos adversários tucanos. Nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem partido político e não tem coragem de dizer que são partido político, que têm candidato e não têm coragem de dizer que têm candidato, que não são democratas e pensam que são."
E assim:
"Tem dia em que determinados setores da imprensa brasileira chegam a ser uma vergonha. Se o dono do jornal lesse o seu jornal ou o dono da revista lesse a sua revista, eles ficariam com vergonha do que estão escrevendo exatamente neste momento. Eles falam em democracia, mas a democracia que eles não se conformam é ver o crescimento da economia. O que eles não se conformam é que um metalúrgico fez mais universidades do que os presidentes elitistas desse país."
De “Veja”, a primeira a denunciar as supostas malfeitorias na Casa Civil e suas extensões, digamos, privadas, Lulinha debochou:
"Eu fico vendo algumas revistas que vão sair na semana, sobretudo uma que não sei o nome dela, parece ‘óia’, nordestino falaria 'ói'. Ela destila ódio e mentira."
Hehehe.
Essa era o Lulinha no comício de Campinas.
Será que depois do comício, para Sua Excelência voltar a ser da paz e do amor, o levaram para assistir à programação da TV Brasil?
Se o levaram, o presidente, certamente, deve ter se acalmado bastante.
Se o levaram, Sua Excelência, certamente, deve ter-se regalado com aquela programação independente, gostosa, diversificada, com críticas isentas.
Se o levaram, o presidente, é quase certo, deve ter chegado à conclusão de que a boa Imprensa, o bom jornalismo é aquele de trocentas rádios que operam por este País afora, todas bem aquinhoadas com gordas verbas oficiais e que, claro, retribuem com aquele jornalismo marcado, vocês sabem, pela absoluta independência.
Se o levaram, o presidente terá chegado à conclusão de que, afinal, a boa Imprensa é aquela que sempre está colada ao regaço do poder.
Não é, presidente?
Putz!

8 comentários:

Anônimo disse...

Sou a favorável a liberdade de imprensa, mas a Revista veja virou um panfleto do PSDB. Outros meios de comunicação fazem crítica ao governo de forma mais profissional e isenta, mas essa revista é o exemplo cabal da imprensa comprometida com um partido.

Anônimo disse...

Se as revistas e jornais mentem, especialmente A VEJA, por que é que a Sra. Erenice Guerra e outros nobres assessores pediram demissão do governo federal?

Sobre isso, o presidente Lula, que tem um tremendo "amor" à ética, não diz uma palavra, não é mesmo?

Na verdade, Lula é aprendiz de ditador, ainda bem que o governo dele está terminando.

A lição histórica nos ensina que, não raro, a imprensa mente, mas, como ensinaram os Federalistas, sobretudo Thomas Jefferson, os males da democracia se resolvem com mais democracia e não o contrário, como o famigerado controle social da imprensa (quem vai controlar a imprensa? Fácil imaginar quem serão os controladores. José Dirceu, em recente palestra, disse que há excessiva liberdade de imprensa no país e pediu controle sobre ela. Dirceu, mensaleiro e réu em processo que tramita no STF, não é, por certo, alguém interessado na divulgação de notícias que saiam sem o selo oficial).

Anônimo disse...

Paulo,
A Veja ea FSP principalmente são sustentadas com assinaturas de governos do PSDB. Por assinaturas, já teriam falido. Uma breve pesquisa no google sobre isso te números a respeito dessa informação.
A imprensa brasileira é isso mesmo que o Lula falou. Quer dizer, a grande imprensa, da propriedade familiar, cruzada, imbricada com governos que as sustentam com assinaturas e grandes consórcios privados (que apenas toleram o PT) como anunciantes.
Acho que devias promover um debate sério no teu blog sobre liberdade de expressão/imprensa no Brasil. Ia ser produtivo.
E acho que devias assistir a programação da TV Brasil, ela é muito boa. Bem melhor, em conteúdo e jornalismo do que a Globo e a Record. Tem certeza que já assististe?

Anônimo disse...

Não esqueçamos que o primeiro empresário que a Veja diz que entrevistou sobre o assunto, Fábio Baracat, desmentiu a revista em um carta publicada no G1 dia 11 de setembro. Seguem trechos da carta:
"Fui surpreendido com a matéria publicada na revista Veja neste sábado, razão pela qual decidi me pronunciar e rechaçar oficialmente as informações ali contidas.
Primeiramente gostaria de esclarecer que não sou e não fui funcionário, representante da empresa Vianet, ou a representei em qualquer assunto comercial, como foi noticiado na reportagem. Apenas conheço a empresa e pessoas ligadas a ela, assim como diversos outros empresários do setor.
Destaco também que não tenho qualquer relacionamento pessoal ou comercial com a Ministra Erenice Guerra, embora tivesse tido de fato a conhecido, jamais tratei de qualquer negócio privado ou assuntos políticos com ela".

Anônimo disse...

Caso eu não esteja enganado, os crimes cometidos por jornalistas são passíveis de serem julgados com base nas leis vigentes no país. Por que, os que se sentem incomodados, não acionam a Justiça?
Por que todas as vezes em que a imprensa levanta um escândalo, logo os próceres do PT pedem o controle da Imprensa? Levem a Veja às barras da Justiça e peçam as provas. Se elas não forem apresentadas, que os responsáveis sejam penalizados com as leis vigentes.

Anônimo disse...

E a Carta Capital, hein? não seria a "veja disquerda" não, hein?
Ohhhh, mas "disquerda" pode.
Tudo igual, puxando a bra$a para a$ $ardinha$ que lhes convém, ora...

Edir Gillet disse...

Dilma é destaque na imprensa internacionalA- A+ 20.09.2010


A imprensa internacional vem destacando nas últimas semanas as pesquisas que apontam vitória da candidata Dilma Rousseff, os avanços do governo Lula, o crescimento econômico do Brasil.

No domingo, um dos principais jornais da Argentina, Clarín, informou que os recentes ataques dos adversários, usando as denúncias feitas contra a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, não estão repercutindo na campanha da Dilma. Segundo o jornal, os sucessivos ataques feitos pela oposição estão cansando o eleitor que “não parece prestar mais ouvidos a essas queixas”.

A agência Associated Press publicou no final de semana matérias que revelam o porquê do bom desempenho da Dilma. No artigo, a AP destaca os resultados positivos do governo Lula. “20,5 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza e 29 milhões saíram da classe média”, diz a reportagem. Leia mais aqui.

Na reportagem da AP, a manicure Vanessa Silva declara voto a Dilma: “Eu não entendo muito sobre política, mas sei que o governo finalmente trouxe mudanças aqui. Pela primeira vez me sinto mais segura na vida”.

Na edição de hoje, o jornal espanhol El País diz que o candidato do PSDB, José Serra, conduziu uma campanha eleitoral "suave" e "totalmente errada" e que ele corre o risco de sofrer uma "derrota humilhante" nas urnas. No texto A surpreendente queda de José Serra, a enviada especial do El País a São Paulo, Soledad Gallego-Díaz, escreve que competir com a herdeira política do presidente Lula, Dilma Rousseff, sempre foi uma "tarefa difícil", mas que Serra complicou sua situação por cometer muitos erros e passou de "grande favorito a futuro grande perdedor".

Denúncias vazias

Outros artigos com o mesmo tom saíram na agência francesa de notícias, AFP com o título "Lula contra-ataca reportagens contra sua escolhida". O jornal argentino La Nación publicou "Lula acusa mídia de apoiar Serra". Até o jornal oficial da estatal chinesa, "China Daily" citou analistas para os quais "já não é difícil prever" o resultado das eleições e fez um perfil de Dilma, começando pela ascendência búlgara.

Algumas semanas atrás, o jornal econômico britânico Financial Times classificou como “retumbante” a possibilidade de vitória da candidata do PT. Segundo a publicação, o Brasil tem uma das imprensas menos censuradas no mundo, ainda que a oposição insista muito neste tema.

O correspondente do jornal, Jonathan Wheatley, escreveu artigo em que critica o candidato do PSDB. “A campanha está confusa. Parece que ele [Serra] está concorrendo com um único tema: suas conquistas como ministro da Saúde há uma década e seus investimentos como prefeito e governador de São Paulo. Ele usa tempo valioso para acusar Evo Morales de traficar cocaína para o Brasil, o PT de ter ligações com as Farc na Colômbia e o governo de censurar a imprensa — com certeza uma das menos censuradas do mundo”, escreveu o jornalista.

Edir Gillet disse...

Bemerguy, é possivel publicar no teu blog ?
Edir Gillet

Dilma é destaque na imprensa internacionalA- A+ 20.09.2010


A imprensa internacional vem destacando nas últimas semanas as pesquisas que apontam vitória da candidata Dilma Rousseff, os avanços do governo Lula, o crescimento econômico do Brasil.

No domingo, um dos principais jornais da Argentina, Clarín, informou que os recentes ataques dos adversários, usando as denúncias feitas contra a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, não estão repercutindo na campanha da Dilma. Segundo o jornal, os sucessivos ataques feitos pela oposição estão cansando o eleitor que “não parece prestar mais ouvidos a essas queixas”.

A agência Associated Press publicou no final de semana matérias que revelam o porquê do bom desempenho da Dilma. No artigo, a AP destaca os resultados positivos do governo Lula. “20,5 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza e 29 milhões saíram da classe média”, diz a reportagem. Leia mais aqui.

Na reportagem da AP, a manicure Vanessa Silva declara voto a Dilma: “Eu não entendo muito sobre política, mas sei que o governo finalmente trouxe mudanças aqui. Pela primeira vez me sinto mais segura na vida”.

Na edição de hoje, o jornal espanhol El País diz que o candidato do PSDB, José Serra, conduziu uma campanha eleitoral "suave" e "totalmente errada" e que ele corre o risco de sofrer uma "derrota humilhante" nas urnas. No texto A surpreendente queda de José Serra, a enviada especial do El País a São Paulo, Soledad Gallego-Díaz, escreve que competir com a herdeira política do presidente Lula, Dilma Rousseff, sempre foi uma "tarefa difícil", mas que Serra complicou sua situação por cometer muitos erros e passou de "grande favorito a futuro grande perdedor".

Denúncias vazias

Outros artigos com o mesmo tom saíram na agência francesa de notícias, AFP com o título "Lula contra-ataca reportagens contra sua escolhida". O jornal argentino La Nación publicou "Lula acusa mídia de apoiar Serra". Até o jornal oficial da estatal chinesa, "China Daily" citou analistas para os quais "já não é difícil prever" o resultado das eleições e fez um perfil de Dilma, começando pela ascendência búlgara.

Algumas semanas atrás, o jornal econômico britânico Financial Times classificou como “retumbante” a possibilidade de vitória da candidata do PT. Segundo a publicação, o Brasil tem uma das imprensas menos censuradas no mundo, ainda que a oposição insista muito neste tema.

O correspondente do jornal, Jonathan Wheatley, escreveu artigo em que critica o candidato do PSDB. “A campanha está confusa. Parece que ele [Serra] está concorrendo com um único tema: suas conquistas como ministro da Saúde há uma década e seus investimentos como prefeito e governador de São Paulo. Ele usa tempo valioso para acusar Evo Morales de traficar cocaína para o Brasil, o PT de ter ligações com as Farc na Colômbia e o governo de censurar a imprensa — com certeza uma das menos censuradas do mundo”, escreveu o jornalista.