quinta-feira, 20 de maio de 2010

A profecia do Elevado Daniel Berg


Domingo, 16 de maio, Belém do Pará viu cumprir-se uma profecia anunciada por Deus há 126 anos. Disto ninguém se apercebeu. À comunidade evangélica, a designação de "Daniel Berg" pareceu uma justa homenagem a um dos fundadores da Assembleia de Deus. A políticos, o reconhecimento da importância dessa igreja rumo ao seu centenário de fundação. À sociedade em geral, talvez curiosidade pela designação estrangeira e quase anônima do Elevado. Na verdade, Deus cumpriu uma palavra.
O homenageado nasceu em 19 de abril de 1884 em Vargon, uma pequena cidade da Suécia. Foi registrado com o nome de Daniel Högberg. Em sueco, o sufixo "hög" significa "elevado". Portanto, literalmente, "Daniel Elevado Berg" ou, traduzindo para nossa língua latina: "Elevado Daniel Berg". Isso é muito fascinante! Jamais uma coincidência.
Sendo cristão há 47 anos, estou convencido do propósito divino. E muito me alegro de ver algo tão precioso de Deus cumprir-se perante meus olhos. Geralmente, somos levados a acreditar que palavras proféticas que ouvimos se cumprirão em nossos dias, mas nem sempre é assim. Deus falou a Abraão que sua posteridade seria numerosa e conquistaria a Terra da Promessa. Abraão morreu. Isaque e Jacó também. Só 430 anos depois Israel conquistou Canaã.
O que dizer da profecia messiânica de Isaías, no capítulo 7.14? Quando proferida, com certeza, as pessoas da época saíram procurando a jovem virgem que haveria de conceber o Emanuel. Porém, o Messias nasceu mais de setecentos anos depois. Só a geração do imperador César Augusto pôde enxergar o Cristo. Nesse tempo a profecia se cumpriu.
Talvez você estranhe falarmos sobre "profecia", pois, no caso de Daniel Berg, não houve verbalização. Sim, mas Deus, que se move na eternidade, fez que essa mensagem profética fosse inscrita em seu nome. Você duvida? "Elevado Daniel Berg": esse é o nome de batismo do fundador da Assembleia de Deus. Quem sabia disso? O vereador Iran Moraes, autor do projeto na Câmara de Belém, ficou em estado de graça quando lhe falei isso segunda-feira, 17. Só sei, também, porque há anos venho pesquisando a vida de Daniel Berg. Bem antes de a governadora Ana Júlia ser eleita para o cargo. Aliás, só fiquei sabendo da homenagem cinco dias antes da inauguração.
Daniel Berg foi exaltado por Deus porque este viu, desde o nascimento do missonário, toda a humilhação que aquele servo suportaria pelas coisas do Céu. Viu as péssimas condições do navio que trouxe o homem de Deus: um porão quente, escuro e fétido, coberto de serragem para conter o vômito dos passageiros do velho Clement. Viu a humilhação que Daniel Berg sofreu em Quatipuru, quando, após uma noite de oração, juntamente com toda a igreja local, foi levado a delegacia de polícia e obrigado a limpar o cemitério da cidade com os irmãos.
Deus enxergou a campanha de perseguição que algumas igrejas evangélicas da época empreenderam, e isso em nível nacional. Daniel Berg foi taxado de seguidor do espiritismo, pobretão, quitandeiro de última categoria e até amante de Celina Albuquerque, que ao lado de Henrique Albuquerque, acolheu os servos de Deus quando estes ficaram sem moradia, no dia 13 de junho de 1911. O Deus justo enxergou e ainda enxerga homens, livros e sites de igrejas que continuam a difamar o servo de Deus, quase cinquenta anos após sua morte.
Agora a exaltação de Deus é algo visível. Concreto. Todos podemos enxergar, tocar, subir e descer pelo Elevado Daniel Berg. Deus vela para cumprir o que diz. E ai de quem a si mesmo se exalta!

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Rui Raiol é pastor e escritor (www.ruiraiol.com.br)

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