O setor produtivo não está dormindo no ponto.
Na última sexta-feira à noite, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) recebeu o pré-candidato ao governo do Estado pelo PMDB, deputado Domingos Juvenil.
O setor produtivo que, nos últimos anos, reclama da ausência de um vetor para o desenvolvimento no estado, apresentou a Juvenil uma espécie de panorama da economia do Pará.
“Em um Estado onde o crescimento populacional, por ano, é de 260 mil pessoas no mínimo, deveria ser estimulada a criação de 120 mil novos postos de trabalho. Porém, nos dois últimos anos, o que vimos foi a criação de apenas 15 mil. Isso é muito pouco. É preciso incentivar o desenvolvimento, caso contrário os problemas sociais como a violência e o desemprego serão ainda mais presentes e engrossarão esta situação caótica que vivemos no Pará”, avaliou o vice-presidente da Fiepa, Sidney Rosa.
Os empresários também apontaram ao pré-candidato os problemas tributários, que impedem a competitividade da produção local. O Pará é o único Estado, na Amazônia Legal, que não tem uma Área de Livre Comércio (ALC), ficando em condição inferior aos demais, que têm vantagens tributárias em torno de 30%, em conseqüência da desoneração de impostos como o IPI, ICMS e PIS/Cofins.
O Amazonas, através de sua capital, Manaus, está comprando insumos de São Paulo com desoneração de impostos. Só de ICMS ele deixa de pagar os 7% que incide no valor da mercadoria. Além desta vantagem, como a desoneração dá credito presumido, o Estado do Amazonas ainda ganha crédito de mais 7%. Somado aos outros impostos, essa vantagem chega até 30%. Como o Pará é exceção, isso quer dizer que este estado está 30% mais caro do que os seus vizinhos.
"Precisamos de maior competitividade. Temos o potencial natural, que é latente. Porém é preciso um ambiente econômico favorável. Uma carga tributária 30% maior que a de nossos vizinhos impede que o Pará atraia novos investimentos. Qualquer que seja o governador, esta será a nossa bandeira. Será preciso força política do nosso governante para conquistar a ALC para o Estado. É dever do Estado ser o indutor do desenvolvimento”, afirmou o presidente da Fiepa, José Conrado.
O presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), Sérgio Bittar, apresentou ao pré-candidato sua preocupação com relação a divisão territorial do Pará. “O assunto está ai e precisa ser discutido. A nosso ver, o plebiscito é irreversível. Temos é que acabar com algumas ilusões, como aqueles que defendem o Estado do Carajás, pois acreditam que terão um PIB relevante. Eles se enganam com o volume. O PIB, na verdade, é da Vale”.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Fiepa
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