segunda-feira, 17 de maio de 2010

“Caixas” vão transformar Assembleia em palco de confrontos

Deputados de oposição – e aí o blog já inclui o PMDB – chegarão à Assembleia Legislativa, a partir de hoje, com o ânimo de passar a limpo o governo Ana Júlia.
E encontrarão pela frente deputados da base governista – ainda tem isso por lá? -, sobretudo e principalmente os petistas, dispostos a jogar pesado para afastar do governo do Estado quaisquer suspeitas que capazes de deixá-lo encurralado, depois das primeiras revelações sobre as caixas que a ex-auditora-geral do Estado Tereza Cordovil remeteu ao Legislativo.
O líder do PTB, Joaquim Passarinho, é favorável à apuração de tudo o que está nos documentos entregues pela AGE. Mas defende que os parlamentares precisam, primeiro, conhecer o teor de toda a documentação, para que possam avaliaar se há ou não necessidade de pedir a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
Arnaldo Jordy, líder do PPS, disse ao blog que pedir uma CPI também dependerá dos próximos relatórios a serem divulgados. Acrescentou que já chamou dois técnicos, que vão assessorar a liderança do partido a destrinchar os dados contidos nas caixas remetidas pela AGE. E foi claro ao dizer que não insistirá na convocação de Tereza Cordovil. “Ela não é o nosso alvo. Nós só a convidaremos se for necessário. Mas até agora não é”, disse Jordy.
O deputado João Salame, líder do G8, mantém a posição de que nada deverá ficar encoberto, nada deverá ser jogado pra debaixo do tapete. E admite que hoje o “clima político”, conforme suas expressões, facilitaria muito mais a abertura de uma CPI do que no ano passado, quando estouraram denúncias contra o Hangar – Centro de Convenções e quando se revelou o escândalo dos kits escolares. Salame, no entanto, também defende que os documentos deverão ser avaliados para que depois, então, se discuta a possibilidade ou não de uma CPI.
O blog não conseguiu falar com o líder do PSDB, José Megale. Mas uma fonte tucana garantiu ao Espaço Aberto que a bancada do partido não vai refrescar: havendo necessidade, a bancada apoiará a criação de uma CPI.
O repórter também não conseguiu contactar com as lideranças do PMDB, do Governo e do PT.

5 comentários:

Anônimo disse...

MUITO LOUVÁVEL O INTERRESSE DOS DEPUTADOS DO PMDB EM APURAR OS RELATÓRIOS DA AGE.
QUE OPORTUNIDADE, ENTÃO, IMPERDÍVEL PARA CACIFAR OS CANDIDATOS DO NOBRE PARTIDO.

Anônimo disse...

Tratar a questão das caixas como uma simples briga partidária é tentar jogar para debaixo do tapete o fato principal: A suspeita de que o governo incorreu em crime de malversação de recursos públicos e que, talvez, tenha promovido um dos maiores desvios de dinheiro público já visto na história recente do Pará.

Independente das razões que levaram o PMDB a trazer o caso à tona, é preciso apurar as denúncias. A sociedade exige isso.

Aliás, em qualquer outro estado brasileiro a população já estaria na frente da Assembléia cobrando posição dos deputados.

Cobrando, inclusive, a não aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões. Como liberar mais dinheiro para um governo sob suspeição?

Anônimo disse...

ALLOOOO, TAMOS FALANDO DO PMDB, JADER, PARSIFA, ESQUECERAM??

Anônimo disse...

Seduc contrata Via Amazônia, de novo com dispensa de licitação
www.oparaense.com.br
Postado por Ronaldo Brasiliense
Seg, 17 de Maio de 2010 11:04
O cadáver ainda nem esfriou, todo mundo continua no velório e o governo da "primeira mulher a governar o Pará", Ana Júlia Carepa (PT/DS) continua insistindo no mesmo: dispensa de licitação a torto e a direita. Na semana passada, a divulgação, pela deputada estadual Simone Morgado (PMDB), das auditorias realizadas pela Auditoria Geral do Estado (AGE) na Secretaria estadual de Educação trouxe à baila um número impressionante: nada menos que R$ 907 milhões foram gastos pela Seduc com dispensa de licitação. Isso mesmo, quase um bilhão de reais! Pois nesta segunda-feira, 17 de maio, a Seduc faz mais uma dispensa de licitação (confira a íntegra no Diário Oficial, a seguir).

Nela, por R$ R$ 133.995,75 a Seduc contrata a Organização Social Associação Via Amazônia para "garantir a Formação Inicial e continuada do Projeto Mova Pará, visando proporcionar aos educadores do Mova Pará momentos de reflexão e/ou construção coletiva acerca das concepções e metodologia adequadas à alfabetização dos jovens e adultos do Sistema de Ensino do estado do Pará".

Bem, vamos tentar traduzir: primeiro, a Via Amazônia é a OS presidida por Joana Pessoa, segunda-amiga e caixa de campanha da governadora Ana Júlia, que comanda o Hangar, Centro dde Convenções e Feiras da Amazônia, a maior obra inaugurada pelo atual governo em mais de 1.200 dias de gestão. E este é apenas um dos muitos convênios firmados pelo governo com a Via Amazônia com dispensa de licitação ao longo dos anos. Somando tudo, não será supresa se passar dos 40 milhões de reais.

Agora, bem que esse novo secretário de Educação, que substituiu a professora Socorro Coelho, podia ver em público explicar porque mais essa dispensa na Seduc. Seria de bom, alvitre explicar também o que significa "proporcionar aos educadores do Mova Pará momentos de reflexão e/ou construção coletiva acerca das concepções e metodologia..." Acho que um bom filme - Cria Cuervos, de Carlos Saura, por exemplo -, proporcionaria bons momentos de reflexão, sem que nós tivéssemos que pagar, com o meu, o seu, o nosso suado dinheirinho, exatos cento e trinta e três mil, novecentos e noventa e cinco reais e setenta e cinco centavos. Sem licitação, claro. Qual a urgência? Qual a emergência? Porque a Via Amazônia, da Joana Pessoa? Porque mais uma vez com dispensa de licitação, governadora?

DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO - NLIC

Dispensa de Licitação

Número de Publicação: 104788

Dispensa: 14/2010

Data: 14/05/2010

Valor: 133.995,75

Objeto: Contratação da Organização Social Associação Via Amazônia para garantir a Formação Inicial e Continuada do Projeto MOVA PARÁ, visando proporcionar aos educadores do MOVA PARÁ, momentos de reflexão e/ou construção coletiva acerca das concepções e metodologia adequadas à alfabetização dos jovens e adultos do Sistema de Ensino do estado do Pará.

Fundamento Legal: Art. 24, Inciso XXIV da Lei nº 8.666/93.

Data de Ratificação: 14/05/2010

Orçamento:

Programa de Trabalho Natureza da Despesa Fonte do Recurso Origem do Recurso

12366125562150000 339039 0352002029 Federal

Contratado(s):

Nome: Associação Via Amazônia

Endereço: Avenida Júlio César, s/n, Bairro: Souza, s/n

CEP. 66613-902 - Belém/PA

Complemento: Primeiro Comando Aéreo Regional, Bairro: Souza, H2, Av. Dr. Freitas - Marco

Telefone: 9133440100

Ordenador: Carlos Alberto da Silva Leão

nelson marzullo disse...

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
GOVERNO SEM OBRA – 1.200 DIAS

Calculei bem essa marca governamental, são 1.200 dias, ou 40 meses, mas precisamente: 03 anos, 05 meses e 15 dias, sem que o Governo do Estado do Pará apresentasse uma obra sequer, pensei bem, antes de escrever esse artigo, não agüentei o cinismo delirante no final do ano passado, quando o Governo do Estado disse alto bom som, que a sua “maior obra cuidar das pessoas”.
Bem, quero dizer que durante 1.200 dias esse Governo cuidou da gente, como posso aceitar tal ofensa a minha inteligência, como? Como posso aceitar que a nomeação de uma esteticista e cabeleira foram atos de um Governo sensato; como posso aceitar que mais de uma centena de recém nascidos morreram na Santa Casa por falta de equipamentos; como posso aceitar que uma adolescente ficou durante vários dias presa numa carceragem masculina sendo constantemente seviciada, sabendo que o único ato governamental foi destruir o local do crime; como posso aceitar que o Governo de Estado ainda indicou e fez campanha para um deputado pedófilo assumir a Assembléia Legislativa; como posso aceitar um governo que fecha os olhos para futura devastação ambiental (Belo Monte) e tem a “cara de pau” de apresentar um programa falacioso de plantar 01 bilhão de árvores; além de tudo isso, a nossa segurança pública estadual merece nota zero, apesar do reforço descomunal da polícia militar, mesmo com baixos salários ainda continua cumprindo com seu dever.
És um governo sem marca, sem vida, amorfo, poderíamos batizá-lo, caso fosse um movimento institucional, denominaríamos como Movimento do Governo Sem Obra – GSO, cuja sua maior obra é gastar o dinheiro público sem menor pudor, isso acontece na Secretaria de Transportes - SETRAN, também na Secretaria Meio Ambiente - SEMA e de tantas outras secretarias, algumas com constantes mudanças, como a Secretaria de Educação - SEDUC que mudou de secretariado umas 05 vezes, acho que perdi a conta de tantas mudanças, isto é, pessoas sérias que não queriam compactuar com os arranjos governamentais, recordando, nem com mochilas e ou uniformes escolares, comprados sem que houvesse licitação pública.
Alguns desses secretários ou detentores do mais alto escalão do governo estadual, não agüentaram as pressões, em especial, de consciência, e denunciaram a Assembléia Legislativa, os desmandos de um governo sem moral, apresentaram vários processos abertos, porém sem a devida continuidade, certamente teríamos evidências suficientes para comprovar a improbidade administrativa instalada no Governo Estadual do Pará.
Depois disso tudo, espero que no final desse mandato esse “governo estadual” venha cumprir com suas obrigações, mesmo sabendo da ocorrência de campanha antecipada, do abuso do poder econômico e da compra de votos, que certamente será causada, caso o Ministério Público Eleitoral não venha intervir, justamente quando houver a entrega de centenas de máquinas industriais empilhadas no pátio do mangueirão, que serão destinadas aos prefeitos que aceitarem a subir no palanque da reeleição da Governadora, isso é uma vergonha!
Espero que esse desabafo venha atingir centenas de milhares de paraenses que não aceitam mais lorotas como desculpas de uma péssima administração estadual, e que venham sepultar por uma vez por todas: os políticos estelionatários, hoje encastelados e protegidos por uma manta de autoridade governamental.
P.S: Parece que vão inaugurar uma rotatória para facilitar o acesso ao Aeroporto, espero que esse fraco governo estadual, isto é, o primeiro escalão, utilize essa via de acesso e viaje para bem longe do nosso Pará.

a)Nelson Marzullo Maia – advogado e filiado ao PMN