terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Usuário acusa enfermeira

No AMAZÔNIA:

Uma enfermeira que trabalhava ontem à noite na Unidade Municipal de Urgência e Emergência da Cidade Nova VI teria deixado de priorizar o atendimento aos pacientes que procuravam pelo serviço médico por estar 'ocupada' com a internet, mas precisamente com o Orkut, uma das redes sociais mais acessadas no mundo todo. Por volta da meia-noite, quando pacientes aguardavam para ser atendidos, apenas um atendente recebia a demanda. Denilson D’Almeida, que foi com a mãe até o hospital levar a irmã para receber socorro, já que tinha febre alta e muita dor de cabeça, presenciou o descaso de quem deveria prezar pela saúde pública.
Denilson conta que quando chegou ao hospital com a mãe e a irmã, várias crianças com febre e resfriadas aguardavam na fila para ser atendidas. No balcão de atendimento do local, um atendente se desdobrava em receber os pacientes, enquanto duas mulheres, que ele acredita serem enfermeiras, riam e se divertiam olhando a tela de um dos dois computadores existentes no ambiente.
De acordo com Denilson, as funcionárias pouco se importavam com a movimentação dos pacientes. Ele conta que ficou indignado ao se aproximar e ver que as mulheres acessavam o Orkut. 'Todo mundo que estava lá viu e se indignou. Minha mãe questionou o fato de o atendimento estar lento e elas ali, no computador', afirma.
Quando cobradas por deixar de cumprir sua função para navegar na internet, uma das mulheres, que se apresentou como enfermeira-chefe, teria dito que ela não preencheria fichas, pois aquilo não era sua função. 'Ela disse que era a enfermeira-chefe e não ia preencher ficha. Bateu boca mesmo', reforça Denilson.
Ainda segundo ele, o médico que fez o atendimento da irmã dele e dos outros pacientes, Paulo Roberto Guedes, não se manifestou, talvez por não ter tomado conhecimento do acontecimento.
Revoltado, Denilson diz que ligou pessoalmente para quem ele acreditava ser a secretária municipal de Saúde, Débora Crespo, para relatar o acontecido e ela disse que estava surpresa com a situação, uma vez que os computadores da recepção do hospital não têm acesso à internet, mas apenas à intranet. Ainda segundo Denilson, a então secretária garantiu advertir a enfermeira.
Porém, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua, Débora Crespo não é mais secretária desde outubro do ano passado. A assessoria informa que o secretário é Hildegardo Nunes e que Débora é assessora estratégica da prefeitura de Ananindeua.
Contudo, Denilson garante que em nenhum momento, durante o contato com Débora Crespo, ela informou que não era mais secretária.
Sobre a denúncia, a Secretaria de Saúde informa que trata-se de uma inverdade, visto que o 'único computador presente na Unidade Municipal de Urgência e Emergência do Cidade Nova VI não é de acesso aos infermeiros e fica restrito ao uso da direção'.

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