sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Orçamento 3: as perguntas que não querem calar

O Siafem (Sistema Integrado de Administração Financeira) disponibiliza toda a movimentação financeira da administração estadual Estado.
Cada secretário, cada dirigente de órgão tem uma senha. Mas um não tem acesso à seara do outro.
Ou seja: o alcance da senha de um secretário não lhe permite acessar a movimentação de outro secretaria, por exemplo.
Mas é evidente que isso não ocorre, por exemplo, com o secretário de Fazenda ou do Planejamento, que têm acesso às operações de todas as secretarias, por motivos óbvios.
Da mesma forma, os deputados.
Todos, independentemente de partidos, podem acessar a movimentação financeira de todas as secretarias.
Basta acessarem o Siafem para que tenham, on-line, um retrato confiável sobre os registros integrais das operações realizadas por secretarias e autarquias do Estado.
Isso enseja algumas perguntas.
A execução orçamentária está mesmo sendo monitorada como deveria sê-lo?
Os deputados, que fiscalizam o Executivo, estão todos eles – sem exceção – interessados em acompanhar essas suplementações orçamentárias, que são feitas mediante o remanejamento de recursos?
Remanejamentos implicam tirar daqui e pôr ali, implicam tirar de uma secretaria e irrigar os cofres de outra. Os deputados estão preocupados em fiscalizar avaliar frequente e permanentemente essas destinações?
Essa vigilância é essencial para que se possa avaliar, ao certo, quais as prioridades do governo.
Assim, por exemplo, é racional, é tolerável, é objetivamente plausível que uma secretaria cuja função exponencial é estimular a produção, como é a Sagri, tenha uma dotação orçamentária menor do que uma secretaria como a Casa Civil, que tem função apenas e tão somente de coordenação política?
O PT cresceu, apareceu e se notabilizou fiscalizando o orçamento na época dos dois governos do tucano Fernando Henrique Cardoso. José Dirceu, José Eduardo Dutra e outros companheiros prestaram um grande serviço ao País forçando a transparência que todos desejávamos.
E por aqui, o PT está fiscalizando a contento a execução orçamentária, mesmo que o executor seja o governo petista de Ana Júlia?
Está?
São apenas perguntas.
Algumas perguntas, evidentemente.

5 comentários:

Anônimo disse...

Esperemos sentadinhos pelas respostas, seu Espaço.
Desse gobierno só nos resta continuar esperando.
Quem nem a peça teatral "Esperando Godot".
Aquela peça onde todos esperam por Godot do primeiro ao último ato e...nada, Godot não aparecerá.
Tal qual esse governo, que vai acabar sem ter começado.
Resta-lhe o de sempre: propaganda blá blá blá e "bordalices" ,só "bordalices" do dep. Bordalo.
Aquele que fala mas não diz.

Anônimo disse...

As "bordalices" a que você se refere são as análises inteligentes e corretamente colocadas no dicurso político e seus confrontos.
Sem dúvida,pelo que temos acompanhado das análises do dep. Bordalo em seu próprio blog, é o discurso mais inteligene, coerente e lúcido de toda a bancada governista, o que não podemos é esperar governo fazer papel de oposição só para aparecer na mídia,
esa é velha e já não cola mais.

Anônimo disse...

Meu caro anonimo das 21:25, que defende o Bordalo preste mais atenção no seu deputado porque ele deveria fiscalizar as verbas e dununciar as irregularidades mas não o faz porque depende, também como todos os deputados, do governo para fazer politica

Anônimo disse...

Nos temos uma oposição burrra falo isso como servidor da alepa e acompanho o parlamento a 15 anos, Nós já tivemos deputados realmente comprometidos com o estado e dou exemplos: dep. aracely, dep. Mário Cardoso, Dep Maria do Carmo e outros que faziam um debate qualificado e responsável independente de governo

Anônimo disse...

o Anônimo das 12:12 tem razão. Há no PT como em todos os partidos políticos raras exceções de homens e mulheres sérios e que produzem debates políticos de alto nível, mesmo remando contra a maré e sabendo que,mais cedo ou mais tarde acabarão dando com os seus botes nos rochedos pontiagudo daqueles que com grande lábia, acabam ludibriando o eleitorado que elege. Aquele que facilmente se deixa enganar com simples e torpes massagens do ego, um ego quase sempre sequelado pela fúria dos caciques das diversas legendas políticas. E por falar num desses homens sérios, felizmente lembrado no comentário das 12:12, o Mário Cardoso, é bom ressaltar que, segundo consta, deixou o governo Ana Júlia por não se moldar aos ensaios de corrupção planejados para a Seduc. Será verdade?
Um lembrete. Vejam como o anonimato adotado nos bolgs acabam favorecendo os criticados.