Do Comunique-se
Uma pesquisa do instituto Ipsos Marplan, encomendada pelos jornais Diário do Amazonas e Dez Minutos, ambos de Manaus, apontaram que a cidade é a segunda capital que mais lê jornal, com 71% da população, ou 965 mil pessoas, perdendo apenas para Porto Alegre, com 73% de leitores.
O estudo foi contratado para subsidiar o planejamento estratégico da empresa e fortalecer as negociações com parceiros comerciais. A pesquisa foi detalhada, com divisão por segmentos, dados disponíveis para agências de publicidade e anunciantes.
Além de trazer informações como densidade demográfica, PIB per capita e faixa etária dos leitores, a pesquisa mostrou que os jornais Diário do Amazonas e Dez Minutos atingem 79% do mercado leitor, num total de 726.000 pessoas. Os leitores acima de 35 anos preferem o primeiro jornal, enquanto que os mais jovens, entre 18 e 24 anos têm o costume de ler o Dez Minutos. Ambos os títulos têm o preço bem acessível, o primeiro a R$ 0,50 e o segundo a R$ 0,25.
Um comentário:
Nem tudo o que reluz é ouro.
É o caso da posição de Manaus como a segunda capital que mais lê jornal, como diz a pesquisa divulgada.
- Por quê? ... Ora mau caro Degas. A mídia impressa está com os seus dias, décadas ou séculos contados. A humanidade caminha a passos largos para assumir a mídia digital como soberano recurso capaz de manter o cidadão moderno em dia com a notícia, tão dinâmicos são os fatos que se sucedem ao tempo em que, mais e mais sequiosa estará a humanidade na busca da informação.
Não há como conter a evolução da ciência a serviço da informação e, inexoravelmente, contemplar o desmanche das modernas e poderosas rotativas offset da vida em sucatas, pela simples incapacidade de resistirem ao tempo. A era da informação digital já é realidade, nela inserida a blogosfera como prova dessa verdade. Mais tarde, até mesmo os teclados que ora me auxiliam neste comentário será peças de museu, motivo de gozação do homem de algumas gerações à frente, em relação aos recursos que hoje consideramos como assombrosamente fantásticos.
Certamente estou falando, não elucubrando, sobre um futuro onde a informação estará no ar, ávida para ser consumida num simples estalar de dedos. Coisa para daqui algumas décadas ou séculos. Mas assim será. Quem viver verá (certamente nenhum de nós, mas, com certeza, muitos dos nossos descendentes).
Manaus e, que surpresa, Porto Alegre, enquanto comemoram os louros de serem as capitais mais ligadas na leitura de jornais, amargam o pressuposto de serem as que menos estão focadas na modernidade da informação digital. Desculpem amazonenses e gaúchos. Nas minhas considerações nenhuma intenção há em ofendê-los. Apenas aproveito a “deixa” para falar sobre a minha visão de futuro das comunicações na sociedade do amanhã.
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