sábado, 2 de janeiro de 2010

Fiepa prevê um ano de recuperação da indústria

No AMAZÔNIA:

Após um ano conturbado para a economia mundial, a indústria paraense ainda sofre os resquícios da forte crise financeira, principalmente com a lenta recuperação das exportações. Conforme avalia o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), José Conrado Santos, a crise ainda deixa algumas sombras, que podem ser superadas por uma grande nuvem de esperança criada a partir dos investimentos previstos para o Estado em 2010. Segundo Conrado, tais investimentos darão o alento que a indústria paraense precisa.
Entre as principais aplicações esperadas para o próximo ano está um volume de financiamentos nos projetos siderúrgicos que, segundo o presidente da Fiepa, propiciarão produtos acabados em quantidades como nunca se viu no Pará. 'Se o plano se concretizar, serão gerados mais de 110 mil empregos. Esses novos empregos vão auferir renda e os trabalhadores vão consumir produtos da nossa indústria tradicional, que já estão implantadas', diz.
Os projetos que envolvem as siderúrgicas visam a fabricação de aços planos como placas e bobinas utilizadas na produção de estruturas metálicas, material para investimento logístico, indústria naval, eletrodomésticos e outros. A Sinobras, que já está operando, teve um investimento total de 400 milhões de dólares, restando ainda 70 milhões a serem investidos na estrutura da 4ª unidade para a produção de aços longos (vergalhão e derivados) utilizados na produção de telas, arames e outros objetos da construção civil.
A grande mudança em 2010, segundo Conrado, é em relação à preparação das empresas, para que se tornem mais competitivas no mercado. Conforme o presidente da Fiepa, entre os itens necessários para que as indústrias paraenses possam barganhar mais espaço no mercado está a busca por treinamentos tanto da base funcional como do próprio empresários, além da modernização das companhias. 'Desde a crise já falávamos em abastecer o consumo interno com produto estadual. O que falta é se preparar para disputar com quem realmente está preparado', diz.
Os incentivos fiscais por parte do governo estadual e da própria União também são barreiras que podem ser quebradas no ano de 2010, segundo Conrado Santos. Para Conrado, o investimento previsto para o Estado, de R$ US$ 50 bilhões, grande parte dele proveniente da iniciativa privada, pode mudar completamente a vida dos paraenses, sendo apenas o começo de uma grande revolução.

Nenhum comentário: