Bancada do PMDB em clima de 40 graus na Câmara

A bancada do PMDB na Câmara de Belém experimentou ontem um clima de 40 graus, mesmo que estivesse abrigada sob o aconchegante clima de montanha – ou quase –, no plenário do augusto Legislativo Municipal.
Os vereadores peemedebistas chegaram à Casa, pela manhã, inspirados pela orientação emanada da Executiva municipal do partido, que tem como presidente o ex-deputado José Priante (na foto).
A orientação de Priante era a seguinte: a de que deveriam ficar com um pé atrás – senão com os dois – em relação ao orçamento que seria votado durante o dia.
“Ficar com um pé atrás” significaria o seguinte: duvidar até a undécima hora das intenções de Sua Excelência o prefeito de Belém, Duciomar Costa, do que poderia resultar até mesmo a decisão unânime da bancada de votar contra o orçamento.
Pois é.
Era essa a disposição, o ânimo, a intenção, a pretensão da bancada peemedebista até o início da tarde.
Até que veio a contraordem ou, se quiserem, a orientação imposta por Jader, ele mesmo, o Jader Barbalho, deputado federal e presidente regional do PMDB.
A nova orientação era muito clara: todos os vereadores do PMDB deveriam votar a favor do orçamento de Duciomar Costa.
E assim aconteceu.
E assim se fez.
E Priante, como ficou?
Como se sentiu?
O blog falou, no final da noite, com o presidente municipal do PMDB.
Ele se encontra em Brasília.
Priante foi curto e objetivo: “Eu não sei o Jader deu contraordem ou não. Nem vou comentar isso. Mas o que tenho a dizer é que a minha orientação para os vereadores do partido sempre foi a de que ficassem com um pé atrás. Porque é preciso desconfiar das intenções do Duciomar. Ele tem demonstrado que não é bem intencionado. A cidade precisa de um orçamento. Isso é um fato. Mas nós precisamos saber quais são as reais intenções do Duciomar com esse orçamento”, disse o presidente municipal peemedebista.
E aí?
E aí que, apesar das ponderações de Priante, os vereadores do PMDB fecharam posição.
Fecharam posição em favor do orçamento de Duciomar.
Até o final da noite, praticamente toda a lei orçamentária já havia sido votada.
Com os votos favoráveis do PMDB.
Como Jader ordenou.
E apesar das ponderações de Priante.