segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Sinomar defende trabalho

No AMAZÔNIA:

Daqui a uma semana o Conselho Deliberativo do Clube do Remo terá uma reunião ordinária. Mas de comum o encontro não deve ter nada. Nele se discutirá a criação de um grupo de apoio ao futebol azulino. O grupo traria jogadores e um novo técnico como reforços. Esse é um assunto que interessa diretamente a todos os que estão treinando no Baenão e, principalmente, o técnico Sinomar Naves. Para ele, é natural que os dirigentes locais não gostem dos chamados treinadores caseiros, mas afirma que isso é uma injustiça.
'Encaro esses comentários com naturalidade e sei que nós treinadores regionais temos que provar nossa qualidade a cada dia, mesmo que nossas conquistas estejam aí. Infelizmente as análises com treinadores locais são mais exigentes, muitas vezes com má vontade. Esse mesmo grupo que diz que eu não sirvo reuniu-se comigo em 2005 para que eu atravessasse a Almirante Barroso. Tenho certeza que de lá para cá eu não desaprendi', afirmou Sinomar.
O treinador diz que se for para ajudar, a iniciativa será mais do que bem vinda. Ele lembra que se o Remo não fez nenhuma contratação até agora é porque a situação financeira não deixa. 'Não só esse grupo especulado como todo torcedor, conselheiro, associado pode somar junto à diretoria. Passamos por um período de dificuldades e ainda não tivemos oportunidade de apresentar reforços. Se quem trouxer bons jogadores, melhor ainda. Trazer alguns reforços seria algo racional, já que um trabalho está sendo feito há quatro meses. O contrário disso seria repetir os mesmos erros de anos anteriores.'
O desencanto de parte da torcida e dos ex-dirigentes que estariam dispostos a criar esse grupo de trabalho teve como ponto de partida o empate em 2 a 2 com o Gavião Kyikategê. A má atuação diante do time dos índios deixou muitos azulinos preocupados. Para o zagueiro e capitão Pedro Paulo, o mais experiente do elenco, se esse for o real motivo seria um atestado de pouco conhecimento do futebol.
'O que um amistoso não pode gerar, não é? Acho que futebol não se conduz assim. Estamos há tanto tempo sem perder e mesmo assim nos criticam. Nós temos que nos unir e passar por cima disso. Temos que continuar trabalhando como estamos, com muita força', disse. 'Se aconteceu isso faço até uma crítica, porque trataria-se de um pensamento pequeno. Foi apenas um amistoso que não valia nada e é nessa fase que podemos errar, não numa competição. Quem pensa de outra forma está pensando pequeno. Se houve desmotivação não foi nossa, dos jogadores. Aqui continuamos conversando muito e não deixamos a peteca cair', completou Pedro Paulo.
Sinomar Naves explicou que ainda não entregou o relatório que vem preparado, mas disse que já passou aos dirigentes a lista de possíveis reforços e que estes vêm sendo contactados. 'Esperava completar 15 jogos e entregar esse relatório. Mas a relação de possíveis contratados já foi entregue. As posições carentes já são cientes por nossa parte e pela diretoria. O que falta entregar é sobre um ou outro jogador que não tenha se encaixado na filosofia de trabalho.'

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