Vinte integrantes de quadrilhas de tráfico internacional de drogas que agiam no Pará foram presos ou condenados em setembro devido a ações que contaram com a atuação do Ministério Público Federal (MPF) no Estado.
No dia 9 a Justiça Federal condenou quinze pessoas denunciadas no caso que originou a operação Letícia, das polícias Civil e Federal (PF). Outra investigação levantou dados para a operação Miriti, realizada no dia 25 com a prisão, pela PF, de cinco traficantes.
O grupo sentenciado no início do mês operava na fronteira Brasil/Colômbia, precisamente nos limites das cidades de Tabatinga (AM) e Letícia, na Colômbia. A droga, de acordo com a denúncia do MPF, entrava no Brasil pela fronteira com a Colômbia e era enviada em pequenas embarcações a vários municípios. Cabia ao comprador resgatar a droga e levá-la posteriormente até Belém, seu destino final.
O MPF recorreu de parte da sentença, pedindo a condenação de mais seis acusados absolvidos pelo juiz federal Rubens Rollo D’Oliveira, que entendeu não haver provas contra eles. “Apesar de não haver provas de que eles praticaram as condutas descritas no tipo penal, há robusta comprovação de que eles participavam da traficância com outras atividades, através da divisão de tarefas, característica própria de uma organização criminosa”, explica a procuradora da República Maria Clara Noleto.
Na última sexta, a PF realizou a operação Miriti. Foram presos Luís Guilhermo Duran Escobar, Izidorio Costa Izidio de Oliveira Filho, Renato de Souza Pereira, Lecy Glei Duarte Soares e Francisco de Souza Pereira.
De acordo com as investigações , o grupo teria sido responsável por contratar e articular a entrada no País de quase 50 quilos de cocaína apreendidos com José Luís Manrique Laura e Luís Raul Vergara Izaman.
Em 24 de julho deste ano, ambos foram presos em flagrante na comunidade ribeirinha Vila Bacuri, em Chaves, no Marajó. Eles também vinham de Letícia, na Colômbia.
Para o procurador da República Fernando Aguiar, as interceptações telefônicas deixaram clara a intensa atividade da quadrilha, suspeita de ter sido responsável pela entrada no Brasil de diversos outros carregamentos de cocaína. Aguiar ressaltou ainda a qualidade do trabalho da PF, com seguidas apreensões de entorpecente importado da Colômbia pela via fluvial, o que demonstra, segundo ele, que os rios amazônicos vêm sendo uma das rotas preferidas do tráfico internacional.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MPF
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