O município de Paragominas conseguiu manter o baixo nível de desmatamento no mês de agosto. É o que informa o relatório da ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), entregue ao prefeito Adnan Demachki na terça-feira, dia 20 de outubro.
Foram registrados apenas cinco casos de desmatamento, totalizando menos de um quilômetro quadrado, mais exatamente 0,72 km². A maioria dos focos ocorreu na região sul do município, com três casos detectados. Os outros ocorreram na região do Capim e na região nordeste, próximo à terra indígena Alto Rimo/Guamá.
Desde 2008, o Imazon monitora a cobertura florestal do município e entrega, mensalmente, um relatório à Prefeitura. Ainda com o apoio de pesquisadores da ong, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente de Paragominas visitam todas as áreas apontadas como desmatamento no relatório.
Caso o desmatamento se confirme, os responsáveis pelo crime ambiental são denunciados aos órgãos competentes, como Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). O pesquisador sênior do Imazon, Paulo Amaral, informou que a checagem em campo dos focos de agosto está programada para a semana de 26 a 30 de outubro.
O monitoramento é feito através do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD). Após os focos serem alertados, são validados comparando com imagens Cbers e Landsat - as mesmas utilizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) - que possuem resolução espacial melhor, pois são capturadas com 20 e 30 metros de distância da floresta, respectivamente.
Pioneirismo - Ainda segundo os dados do Imazon, Paragominas foi o município paraense que menos desmatou em agosto. "Resultado da liderança política, do engajamento do setor produtivo e da consciência social de que não se precisa desmatar para trazer desenvolvimento econômico", diz Paulo Amaral.
Segundo o pesquisador, não é fácil encontrar essa conjuntura em outros municípios e é por isso que Paragominas se destaca. "Os produtores rurais enxergam a redução do desmatamento não somente como uma melhoria ambiental, mas também como um benefício econômico. É essa visão de longo prazo que ainda falta em outros municípios", pontua Amaral.
Em agosto, o monitoramento do Imazon apontou um aumento de 167% na área desmatada na Amazônia e o Pará sozinho é responsável por 76% desse total. O relatório registrou o desmatamento de 208 km² das florestas do Estado, com São Felix do Xingu (36 km²), Altamira (26,3km²) e Novo Repartimento (23,5 km²) como os municípios que mais desmataram.
De acordo com o prefeito de Paragominas, Adnan Demachki, a expectativa é que o número continue caindo. "Queremos chegar ao desmatamento zero", informa.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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