quarta-feira, 14 de outubro de 2009

“O paraense é que se coloca na condição de se sentir menor”

De um Anônimo, sobre a postagem Abuso de autoridade em plena Trasladação:

Caríssimo, sou do Sul e moro no Pará há seis anos, tempo suficiente para me cansar desta conversa de "preconceituoso Sul/Sudeste".
Vejo aqui muita riqueza a ser "explorada", inclusive o potencial turístico imenso da região e que ninguém do próprio povo paraense dá valor.
Poderiam ser produtivos e ganhar rios de dinheiro, mas preferem ficar com esse chororô de "colonialismo", imperialismo", "preconceito" etc.
Ora, um povo tem que se impor pelo que é, e infelizmente o povo paraense é que se coloca nesta condição de se sentir menor.
Não acho que o Pará é almoxarifado do Brasil; o que vejo é falta de empenho em desenvolver capacidade produtiva nas suas próprias fronteiras.
Ah, quanto à questão dos carros oficiais, concordo...
Esse tipo de coisa só acontece mesmo em Belém - também só aqui se vêem homens saindo de um "Fusion" para fazer xixi no meio da calçada na saída de um shopping...
Os governantes são espelho de seu povo - olha o Lula aí!

6 comentários:

Anônimo disse...

O Pará, pelo seu tamanho, é um verdadeiro País. É uma pena que seja habitado por inteligências tão anãs.

Vejam nossos governantes municipais e estaduais! Que escândalo!!

Vejam nossos "educadores"! Que descalabro!!

Anônimo disse...

O anônimo do Sul está enganado. Não totalmente, mas em parte. Você, anônimo do Sul, tem todo o direito de se cansar dessa história de “preconceituoso Sul/Sudeste”, mas, infelizmente ele existe, e não precisa ir até o sul/Sudeste do Brasil para descobrir. Mas, como você é do Sul, talvez seja mais difícil de enxergar. Entretanto, esse fator não deveria (e acho que não ocorre) influir na iniciativa de produzir. Concordo que o Norte tem um potencial turístico fantástico, porque engloba praias lindíssimas, regiões de cachoeiras, complexos naturais tipicamente amazônicos: florestas, índios, rios, etc. E um povo extremamente acolhedor. O caboclo do Norte é um homem muito receptivo, daqueles que entrega sua rede ao turista desconhecido e vai dormir no chão. E o povo do norte dá valor sim a sua terra. Falta sim uma cultura turística para a região norte, com certeza, com valorização desse potencial, estruturação pelo poder público e investimento pelo setor privado. Mas, certamente Anônimo do Sul, você confunde quando fala do povo. A ação de reclamar advém da própria cultura do povo brasileiro, e acho que o faz com razão. O que não podemos é reclamar e cruzar os braços, com certeza. Anônimo do Sul, o povo do Norte, ao contrário do que você escreveu, não se sente menor do que ninguém não, muito pelo contrário. Nós, os papa-chibés, preferimos nossa terra abençoada com tanta beleza e tranquilidade da amazônia, do que qualquer outra. Não tenha dúvida disso.
Um grande abraço.

Felipe Tupiniquim Ramoa

Anônimo disse...

Ah, caríssimo, como você está no Pará somente há seis anos, é claro que ainda não teve tempo deconhecer a história dos quinhentos anos de explroração do Norte pelo Sul, rs, rs, rs.... Quer um exemplo? Dou-lhe dois: 1) Tucuruí, manda dois terços da sua energia para fora do Pará, enquanto muitos municípios do Estado ainda poluem a atmosfera com usinas termoelétrica. 2) A Vale do Rio Doce, tira do nosso subsolo uma fortuna e nos deixa, além dos buracos, só uns caraminguás para alegria dos trouxas. Mas tem mais, muitos mais exemplos, caríssimo.

Anônimo disse...

Nós é que temos "inteligências anãs"? É mesmo?

Então aprenda que "nossos governantes ... estaduais" não existem, porque nosso sitema político prevê somente um governante para cada Estado da Federação, qual seja, o chefe do Poder Executivo. Ou será que você pensa que o Legislativo e o Judiciário governam?

Anônimo disse...

De maneira geral concordo com o parceiro sulista, está na hora de ação, dos nortistas tomarem as rédeas do que desejam para o seu desenvolvimento. Algum preconceito pode existir sim, moro no Sul e já mostrei para muitas pessoas que não somos o que muita gente pensa, mas isso de forma alguma tem relação com nossa estagnação econômico-político-social.

Anônimo disse...

Bem, caríssimos, eu de fato não conheço a história de 500 anos de exploração do Norte pelo Sul, pelo menos não neste país. Considerando que o Brasil tem pouco mais de 500 anos, que o início da colonização se deu pelo Nordeste, que o grande período de riqueza conhecido como "ciclo da borracha" ocorreu no Norte/Amazonia (época de grande riqueza na região que nos deixou como heranças o Teatro da Paz e o Teatro Amazonas - não só isso, claro, antes que alguem reclame...), e lembrando que o sul foi colonizado muito depois por imigrantes europeus pobres, paupérrimos, que vieram ao Brasil fugindo de guerras e buscando alguma condição de subrevivência... A exploração, no caso, foi dos portugueses e não dos sulistas, coitados, mal existiam na época.
E aos que se sentiram ofendidos com meu post, gostaria de acrescentar: um povo só é explorado quando se deixa ser... No caso da Vale, por exemplo, o Pará não conseguiu nem que o minério fosse exportado em seus próprios portos, perdendo a disputa (e divisas) para o vizinho Maranhão (viva Sarney!). Outra, por que será que a energia de Tucuruí vai para outros estados? Já pensou nisso? Talvez porque seja direcionada para onde há maior demanda. E onde é que tem usinas termoeletricas no estado???? Eu só conheço fornos de carvão clandestinos que servem às guseiras instaladas por estas bandas... quer dizer.. o próprio paraense explorando de fato a riqueza natural do estado. Também lembro dos pecuaristas, que degradam a floresta para abrir pastagens (opa, mais um exemplo de exploração propriamente dita!) sendo que muitos destes são filhos da terra, daqui mesmo do Pará. Quem explora aquem????? E só para concluir, conheço bem a receptividade do povo, aliás, senão talvez não estaria há tanto tempo por aqui. Mas reafirmo, falta empenho em desenvolver CAPACIDADE PRODUTIVA. O turismo foi só um exemplo, dentre tantos segmentos existentes. Está na hora de parar de choramingar e começar a arregaçar as mangas. Que tal um exemplo fora do Brasil para dirimir as dúvidas? O Japão, destruído pelas guerras, hoje uma potencia mundial. A questão aqui é atitude! Também está na hora de escolher melhor os governantes - preciso comentar sobre os que estão hoje no poder por aqui e sobre os que estão prestes a se canditatar? Eu, "anonimo do sul", não me atreveria a tanto... (até porque no Brasil todo os governantes são um caso a parte... inclusive no "preconceituoso" - mas produtivo - sul/sudeste. Mas isso é tema para outra conversa).
"Anonimo do Sul"