domingo, 18 de outubro de 2009

O novo “elefante branco”

No AMAZÔNIA:

O ngueirão passou de maior trunfo do Pará na disputa entre as cidades brasileiras candidatas a sediar a Copa de 2014 à condição de elefante branco. Com os rebaixamentos e a crise financeira de Remo e Paysandu, o estádio é usado, atualmente, apenas como palco para shows religiosos. E, durante o Campeonato Paraense, para o Re x Pa. Fora isso, a praça esportiva é só despesa. O Governo do Estado gasta, em média, mais de R$ 100 mil mensais para manter o Mangueirão, que não vale mais o quanto pesa.
Em 2009, o Estádio Estadual Edgar Proença recebeu 11 jogos do Parazão e apenas dois da Série C. Também sediou, em maio, a 25ª edição do Grande Prêmio Brasil de Atletismo. Ao todo, apenas 14 eventos esportivos de grande porte foram realizados no Mangueirão ao longo do ano, o que não compensa o volume de recursos aplicados para mantê-lo em atividade. Enquanto o estádio aguarda, ocioso, o próximo espetáculo de futebol, previsto somente para o início de 2010, o governo paga a conta com dinheiro público.
Se, por um lado, Remo e Paysandu não têm mais condições econômicas para bancar as despesas dos jogos no Mangueirão, por outro, a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), responsável pelo estádio, não facilita o acesso dos clubes. 'Para o Mangueirão, ter os clubes nas séries C e D do futebol brasileiro faz muita diferença', admite Ian Macedo, diretor do Mangueirão empossado há pouco mais de uma semana. 'Essa demanda de jogos não depende de nós. A demanda é da Federação Paraense de Futebol (FPF)', argumenta, lavando as mãos.
O aluguel do Mangueirão custa, hoje, de R$ 8 a 10 mil, dependendo do horário do jogo ou evento. Mas, para um clássico Re x Pa, por exemplo, um percentual considerável da renda serve para pagar o quadro móvel, ou seja, todos os que trabalham na organização do jogo, além dos impostos, das despesas com segurança, dos ingressos e da arbitragem. Se forem avaliados os custos do estádio, o aluguel é irrisório. Contudo, a conta dos jogos sai cara para Remo e Paysandu, que optaram pelo Baenão e pela Curuzu, bem mais baratos.
Restaram os espetáculos não-desportivos. Mas a única captação que a Seel conseguiu nos últimos meses foram os eventos religiosos que, diga-se de passagem, lotam o estádio de fieis. Por outro lado, megashows de artistas famosos, rotineiros no Maracanã, são raríssimos por aqui. E os espetáculos eclesiásticos, sozinhos, não pagam todas as despesas, que incluem segurança, manutenção do gramado, energia e recursos humanos. 'Quem sustenta o Mangueirão, hoje, é o próprio Estado', reconhece Antônio Oliveira, gerente do estádio.

Um comentário:

Anônimo disse...

e com a administração do pcdob vai fechar
a exemplo do que não fizeram na sejuh, onde os conselhos nunca se reuniram