quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Motoristas e cobradores exigem mais segurança

No AMAZÔNIA:

Foi necessária uma paralisação de todos os ônibus da linha Ananindeua-Presidente Vargas para que os rodoviários convencessem a Polícia Militar a melhorar a segurança no fim da linha, no bairro do Aurá. No início da tarde de ontem, os 25 veículos foram em comboio até o 6º Batalhão de Polícia Militar, para exigir mais policiamento. Uma hora mais tarde, saíram satisfeitos com as garantias de reforço policial dadas pelo capitão Vilhena.
A partir de 14 horas os coletivos que completavam o trajeto foram se aglomerando no fim da linha do Ananindeua-Presidente Vargas. Por volta das 15h30, os ônibus saíram lentamente pela BR-316, até o batalhão, num trajeto de quase cinco quilômetros. Na chegada, os motoristas estacionaram em fila dupla, de forma a tornar o trânsito lento no sentido de Belém.
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (Sintran) entraram no prédio do 6º Batalhão para cobrar uma solução. De acordo com Reginaldo Cordeiro, um dos diretores do sindicato presentes, os rodoviários cansaram de sofrer, em média, cinco assaltos por semana, em qualquer horário. 'A adesão foi total porque todo mundo aqui já foi assaltado em serviço. A situação é insustentável, não dá', afirma.
A última vítima foi o cobrador Danilo Ferreira, em sua chegada na última viagem, por volta das 22 horas. Depois de todos os passageiros descerem, três assaltantes mascarados subiram no ônibus e roubaram a renda e os objetos pessoais dele e do motorista. 'Todos os ônibus têm quatro câmeras, por isso eles sempre entram com camisas ou qualquer outra coisa cobrindo o rosto', explica. O motorista que estava com Danilo na ocasião, Arnaldo Malcher, é um dos recordistas: foi seu quarto assalto sofrido em dois anos.
Após a reunião com a polícia, Wuelen Ferreira da Cunha, diretor representante do sindicato, se disse satisfeito com as garantias oferecidas. O capitão Vilhena disse que, já a partir de ontem, haverá um trailer 24 horas por dia, além de quatro motocicletas e uma viatura para cobrir a área do fim da linha do ônibus e seu entorno. 'Vamos cobrar para ser assim. Isso nos parece suficiente, já dá uma tranquilidade a mais', avalia.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo, motoristas e cobradores podem e devem pedir mais segurança.
Mas usuários do sistema público merecem e devem exigir educação, respeito e atenção, três palavrinhas muito esquecidas no transporte público paraense.