Do leitor Roberto Pereira, sobre a postagem No Hangar, vaias, protestos e 5 mil a ponto de explodir:
Eu estava lá.
Pior do que o atraso de quase três horas, de um som péssimo, foi, sem dúvida, a desorganização do evento. Nem parecia que estávamos no Hangar - Centro de Convenções da Amazônia, uma obra linda, de mais de 100 milhões de reais.
Ninguém se apresentava, pelo menos, pra dar uma satisfação ao público, o maior, com certeza, que o Hangar já teve.
Quem estava sentadinho nas mesas ainda podia esperar com um certo conforto e tomando uma gelada.
Bem melhor estava a poderosa Joana Pessoa e seus convidados da cúpula do governo petista anajulista, desfilando nos camarotes pra cima e pra baixo, olhando de cima os que estavam no sereno lá em baixo.
Quem estava em pé, na galera como se diz, o povão mesmo, esse se ferrou.
Bagunça generalizada, desde pra se comprar uma água mineral, até ir fazer xixi no banheiro, com uma fila de deixar qualquer um se mijando pelo caminho. A das mulheres, então, nem se fala. As meninas ficavam enroscando as pernas pra não acontecer o pior. Mas o pior mesmo, meu amigo, foi a sujeira no salão: garrafas de vidro, latas, garrafas de plástico e sacos, muitos sacos de pacotes de cervejas e refrigerantes. Sem falar nuns baldes de plástico, daqueles bem fuleiros mesmo, que nem no Baenão ou mesmo na Curuzu se encontra mais. E sabe o que faziam com os baldes, vendidos nas barracas improvisadas no salão? Enchiam de cerveja e gelo pra quem quisesse deixá-lo entre as pernas enquanto aguardava o show que nunca começava.
Foi triste, muito triste mesmo, pra não dizer outra cosia, o que presenciei no Hangar. Aquilo ali virou, literalmente, a casa da mãe Joana.
Foi a primeira e última vez que fui ali pra assistir a um show.
Um desrespeito com o cidadão, que pagou caro pra ver o que viu.
Ou não viu: depois de esperar em pé por três horas, já que a apresentação seria pontualmente às 23h30, e presumindo um tumulto maior, já que começavam as primeiras brigas e confusões de quem queria o dinheiro de volta, não me restou outra alternativa a não ser voltar frustrado pra casa.
3 comentários:
Também estive lá com uma amiga. Fiquei absolutamente indignada. Foi um show de horrores. E um atentado contra a moral. Seria melhor que tivessem a dignidade de adiar o show ou devolver o dinheiro. Demoraram absurdamente pra dar satisfações e essas mesmo eu não consegui ouvir, porque o som estava péssimo. Só entendi que o apresentador falava algo ruim para quem comprou ingresso porque todos gritaram contra, uns até levantavam o dedo em sinais obscenos. Eu já procurava um lugar menos “melecado” no chão pra sentar. Quase uma e meia da madruga, resolvemos, eu e amiga, perguntar para uns engravatados se haveria ou não o show do Pagodinho. Ele disse que não haveria. Perguntei sobre a devolução do dinheiro e ele disse que era com a diretoria do Rancho. Comprei o ingresso dentro do Hangar, mas tudo bem, engoli e fui atrás da tal diretoria do Rancho que estava pertinho, uns lá em cima, enfileirados, olhando o tumulto que se formava pedindo dinheiro de volta. Dei de cara com o tal Jango, não sei bem se é esse o nome do cabeça branca, o presidente do Rancho, mas é algo assim. Ele teve a cara de pau de dizer “a diretoria ta lá pra frente”. Putz! Valha-me Deus! A turma da escola que tava lá em cima toda paramentada, começou a tirar a camisa do Rancho e vestir outra para não serem identificados e cobrados. Começaram a bater em retirada. Os mais arrojado começaram a bater no vidro que separava a diretoria da galera da pista. Muita polícia chegando. As sirenes das viaturas soavam lá fora. Resolvemos, eu e amiga, ir embora, pra não ter mais dissabores na noite. Logo em seguida um amigo envia mensagem de celular dizendo que o Pagodinho entrou no palco, mesmo com som lastimável. Botaram o cara no palco pra não ter de devolver o dinheiro. Fiquei no preju. Hangar e Rancho deram um grande vexame! Humm... Hangar será tema do Rancho... To me guardando pra quando o carnaval chegar.
a coisa mais engraçada que vi no camarote vip dos petistas, foi a Bila Galo dos kits seduc, se escondendo para não levar vaia do público que lotava o Hangar.
Eu fui convidado, não fui. Acertei em cheio.
Sérgio.
Postar um comentário