No AMAZÔNIA:
O pior da crise internacional já passou, mas as consequências provocadas pela tempestade econômica continuam a ecoar no poder público. O governo do Estado, que no início deste ano adotou medidas de redução de gastos, como diminuição da jornada de trabalho para até 14h na maioria das secretarias, continua a apertar o cinto. Ontem, 93 servidores, entre assessores especiais e pessoas que trabalhavam em cargos de confiança com função definida, os chamados DAS, foram exonerados do gabinete da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa. A lista foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).
O líder do governo na Assembleia Legislativa do Pará, Airton Faleiro, disse que a estratégia inicial do Executivo era apenas exonerar os assessores especiais. 'Depois, percebemos que era necessário enxugar mais ainda e isso incluía corte de DAS', revelou Faleiro. Segundo ele, as exonerações realizadas ontem fazem parte de uma política de ajuste da máquina do governo do Estado. 'É para mantermos os investimentos previstos e garantirmos o 13º', explicou. Faleiro disse ainda que graças a medidas como essas o governo tem garantido o dinheiro para pagar o 13º salário de seus servidores, sem precisar de financiamento.
Faleiro disse que existe a possibilidade de outras pessoas perderem os cargos. 'Tudo vai depender da arrecadação do Estado. Mas o governo está tomando todo o cuidado possível para não prejudicar o trabalho de nenhuma instituição', afirma Faleiro. Entre os exonerados está a coordenadora do Pró-Paz Integrado, Eugênia Sandra Fonseca.
Na última segunda-feira, durante sessão solene para festejar os 20 anos de Constituição do Pará, a governadora Ana Júlia Carepa informou que o Estado teve queda nos repasses feitos pelo governo federal em cerca de R$ 250 milhões. A declaração foi feita depois que o presidente da Assembleia, Domingos Juvenil, reclamou que a Casa teria deixado de receber cerca de R$ 5 milhões, apenas em setembro. 'A crise não pode existir só para o Executivo, responsável pela segurança, saúde e educação. Os outros poderes também devem sentir', disse a governadora, na ocasião.
As medidas de contenção de gastos adotadas pelo governo, como as exonerações de ontem, provocaram críticas da oposição. O deputado estadual Alexandre Von (PSDB), por exemplo, diz que o momento de crise em que o Pará se encontra é fruto da 'incompetência da gestão pública'. Segundo ele, apenas com viagens aéreas e diárias o Estado gastou, este ano, três vezes mais do que em 2006. 'Na minha opinião, não há qualidade no uso do dinheiro público', concluiu o parlamentar.
2 comentários:
Seu Poster, na publicação das exonerações segue outros 84 decretos de nomeações, a maioria dos "exonerados". Tá certa essa conta? Ou foi apenas uma mudança de status? Assim: O I passa para II, III passa para II? I passa para nenhum? Me explique porque eu acho que é papo furado do Deputado. Aliás, o que não vai ser nenhuma surpresa. A Lei só pega e a crise é sempre alegada quando é para prejudicar os servidores, faça uma pesquisa de quanto o Governo gasta quando repassa recursos através de convênios, dê uma olhada, e veja se estamos em crise!
Exonera 93 aspones; nomeia 193...e la nave va.
Seria reciclagem, portabilidade ou migração?
Postar um comentário