quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Falta de chuva castiga 19 municípios do Pará

No AMAZÔNIA:

Os municípios de Pacajá, Brasil Novo, Dom Eliseu, Viseu, Almeirim e Prainha estão com zero de precipitação nos últimos 15 dias. A falta de chuva atingiu cidades como Monte Alegre, Brasil Novo, Dom Eliseu e Viseu, que há 60 dias não contam com a ajuda de nenhuma forte chuva de verão. Pacajá, Almeirim e Prainha já não vêem uma gota cair do céu há 40 dias, segundo o mapa de riscos e focos de queimadas que aponta 19 municípios paraenses em estado crítico no monitoramento de focos de calor. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os 19 críticos são: Monte Alegre, Pacajá, Placas, Goianésia, Brasil Novo, Dom Eliseu, Santarém, Rurópolis, Uruará, Novo Repartimento, Abel Figueiredo, Breu Branco, Oriximiná, Aveiro, Viseu, Almeirim, Prainha, Santa Cruz do Arari e Rondon do Pará.
Monte Alegre, no Baixo-Amazonas, registrou 16 focos de calor no último dia 12. Logo em seguida aparece Pacajá, com 14 focos; depois Placas, com 10 e Goianésia, 9, em um único dia. O Pará, de janeiro até 12 de outubro deste ano, já registrou 8.284 pontos de queimada.
Os focos de calor estão em toda parte, inclusive nas unidades de proteção estadual e federal. Ontem, por exemplo, os satélites registraram focos na Floresta Nacional de Caxiuanã, em Porto de Moz; na Floresta Nacional do Tapajós, em Rurópolis; na Área de proteção Ambiental (APA) do Arquipélago do Marajó, no município de Ponta de Pedras e também na APA do Lago de Tucurui, em Goianésia. Brasil Novo, Prainha e Pacajá registram temperaturas máximas acima de 36 graus em outubro. Acima de 35 graus aparecem Uruará, Breu Branco e Goianésia.
Apesar dos dias de estiagem, o fenômeno El Niño continua se desenvolvendo na região do Pacífico Equatorial, mas a previsão é de que para 2009, será de fraca intensidade no período de outubro a dezembro. O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical, e que pode afetar o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, e afetando assim, os regimes de chuva.

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