quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Confusão política por pouco não vira quebra-quebra

No AMAZÔNIA:

Ameaça de quebra-quebra dentro do prédio da prefeitura, demissão de assessor jurídico da Câmara por não concordar em descumprir decisão judicial, afastamento de delegado de polícia, muito bate-boca por toda a cidade e até uma anomalia jurídica provocada pela decisão de um vereador, que presidiu uma sessão na Câmara e depois saiu do prédio para sentar na cadeira de prefeito do município. Esse foi o clima vivido nos dois últimos dias em São Domingos do Capim, como resultado da posse do empresário Alberto Yoiti Nakata, do PTB, no cargo de prefeito do município.
O fato deixou inconformados os aliados do ex-prefeito Cristiano Martins (PT) que, por decisão do juiz eleitoral João Ronaldo Corrêa, no último dia 23 de setembro foi afastado do cargo sob acusação de abuso de poder econômico e captação ilícita de votos. As ameaças de quebra-quebra só não foram cumpridas por conta da presença, em São Domingos, de uma tropa do 5º Batalhão da Polícia Militar de Castanhal, e de uma equipe da Polícia Civil, sob o comando do delegado Daniel Castro, superintendente da Polícia Civil na região do Salgado.
A confusão toda começou durante a sessão ordinária da Câmara realizada na manhã da última terça-feira. Os vereadores que apoiam Cristiano tentaram anular a sessão solene realizada segunda-feira passada, na qual foi dada posse a Yoiti Nakata. A briga foi parar nos gabinetes do promotor Afonso Ferro e do juiz Ronaldo Corrêa.
Enquanto isso, o vereador Osni de Jesus, aliado de Cristiano e presidente da Câmara e que, por ordem do juiz, havia assumido interinamente o cargo de prefeito, decidiu deixar o plenário da Casa e foi para o gabinete do prefeito, onde passou a despachar. O juiz deu a ordem para Osni que deixasse o prédio da prefeitura, para que Yoiti Nakata pudesse governar.
'Na verdade o que o Osni e o Cristiano queriam era que o primeiro pudesse ficar até a próxima quarta-feira na prefeitura, para poder ter acesso aos recursos provenientes dos repasses federais. Tanto que eles pediram que o assessor jurídico da Câmara, o advogado João Daibes, encontrasse um meio de reverter a ordem do juiz de afastar o Cristiano. Como se negou, foi demitido por telefone pelo Osni', afirmou um dos vereadores que apoiam Nakata. Até o delegado de polícia Marcelo Oliva foi afastado do cargo, a pedido de Cristiano, acusado de estar do lado do novo prefeito.

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