quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Cohab paralisa trabalhos

No AMAZÔNIA:

Funcionários da Cohab, a Companhia de Habitação do Estado do Pará, decidem hoje se entram em greve. A categoria quer forçar a renegociação do percentual de reajuste salarial proposto pela diretoria no mês de agosto, de 5 %. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Aílson Cunha, durante manifestação realizada ontem em frente à sede da Companhia, afirmou que a paralisação pode comprometer o andamento das obras de habitação do PAC no Pará.
A Cohab é responsável por fiscalizar e gerir 7 dos 28 projetos que recebem recursos do governo federal pelo Programa de Aceleração do Crescimento. Aílson Cunha explica que o pagamento às empresas pela Caixa Econômica depende dos boletins de medição expedidos por servidores da Cohab. 'Como está suspensa a fiscalização, está suspenso o pagamento pela Caixa Econômica', afirma.
A proposta de reajuste defendida pelos servidores da Cohab reproduz os valores fixados para o funcionalismo público estadual no início do ano, de 12% para os funcionários de nível fundamental, 9% para médio e 6,8% para os de nível superior.
'Nós estamos pedindo 16%, mas já nos oferecemos a negociar o mesmo que foi oferecido pelo estado para os servidores da administração direta', diz Marcos Oliveira, funcionário e delegado sindical da categoria.
Ontem, às 10h, os funcionários que participavam da manifestação bloquearam por alguns minutos o trânsito nas pistas da avenida Almirante Barroso. Eles caminharam até o prédio da Escola de Governo, onde realizaram um novo protesto. Na manhã de hoje, os servidores da Cohab prometem nova manifestação. Desta vez, em frente ao Centro Integrado de Governo, na avenida Nazaré.
Sem atraso - O diretor presidente da Cohab, Geraldo Chicre Bitar, nega que a paralisação dos servidores do órgão possa atrasar o pagamento às empresas que atuam em obras do PAC e afirma que a mobilização de ontem, que suspendeu parte dos serviços de atendimento na sede da Cohab, não teve expressividade.
'Não há essa preocupação porque a fiscalização das obras do PAC é feita por uma empresa de gerenciamento externa. Não são servidores da Cohab e, portanto, não há esse prejuízo no que diz respeito à fiscalização, muito menos no que se refere à execução das obras. Além desse ponto, o pessoal que está em paralisação é o pessoal administrativo. E, mesmo assim, a adesão não é significativa a ponto de nos preocupar'. Geraldo Bitar afirma que apenas 50 dos mais de 200 empregados da Cohab aderiram à mobilização.
'A base dos empregados da Cohab é a construção civil, tanto que o sindicato que os assiste é o de trabalhadores da construção Civil, que já fechou um acordo na convenção com a patronal, fixando o valor de 5% para o reajuste, que é o que estamos propondo', diz o presidente da Cohab.

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