sábado, 24 de outubro de 2009

Caos após a greve da caixa

No AMAZÔNIA:

Após 29 dias de greve, os funcionários da Caixa voltaram, ontem, às atividades normais. A retomada nos atendimentos na manhã de ontem gerou longas filas em frente às agências de Belém. Na agência da Caixa na esquina das avenidas Doutor Freitas e 25 de Setembro houve tumulto. Segundo a funcionária pública Ivanilza Salomão, funcionários da Caixa fecharam as portas da área onde são feitos os atendimentos: 'Às três horas da tarde essa porta foi fechada e ninguém mais pode passar até então, já são três e meia e eles ainda não liberaram. Tem gente aqui que está com senha e mesmo assim não pode entrar', disse Ivanilza.
Os gritos e reclamações do lado de fora aumentaram perto das 16h. Pessoas indignadas, com senhas nas mãos desde as 8h, temendo não entrar, começaram a esmurrar as portas, enquanto guardas da agência tentavam conter a gritaria e deter quem tentava ultrapassar a área.
Ronildo Calisto, também funcionário público, conta que chegou ás 7h30 na agência e acabou ficando do lado de fora: 'Tenho senha, só que eu estava aqui desde manhã, então precisava comer. A gerente permitiu que saíssemos para lanchar garantindo que entraríamos ao retornar ao banco, e agora estou aqui do lado de fora sem poder entrar porque eles não estão permitindo'.
O casos chegava aos caixas eletrônicos. Apenas um funcionava para depósitos; dois estavam parados. A única fila do caixa que estava no ar já acumulava dezenas de pessoas e o que deveria ser uma operação rápida se tornou em uma espera de mais de meia hora para quem precisava fazer depósitos.
Geana Oliveira, funcionária da Caixa, explicou: 'Todas as pessoas iriam entrar e já entraram, conseguimos organizar e colocar todos para dentro. Estávamos apenas controlando a entrada, porque muitas pessoas que já estavam aqui pediram para sair, para almoçar, e permitimos. Assinávamos atrás das senhas para simbolizar que aquela pessoa saiu, mas iria voltar. Porém, quando novas pessoas chegaram aqui sem senha, não estavam deixando que as que voltavam com senha entrassem na frente, pensando que estariam furando fila', disse a funcionária.
Às 15h50, faltando dez minutos para o banco encerrar os atendimentos, as portas foram abertas devido à pressão. As pessoas com e sem senha entraram no local de atendimento. Duas viaturas da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) chegaram à agência, mas o tumulto já havia sido controlado. Segundo a diretora do Sindicato dos Bancarios Maria Gaia, a entidade não recebeu nenhum tipo de reclamação sobre os atendimentos. 'Segunda-feira iremos averiguar a informação e tentar encontrar soluções para esses problemas', disse.

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