No AMAZÔNIA:
O caminho percorrido pela imagem até sua última parada em Ananindeua é repleto de homenagens. O cortejo para em frente de quase todas, 42 estavam previstas. Contudo, o cortejo também parava diante de homenagens não esperadas, como a apresentação do coral infantil em um dos bairros da Cidade Nova. 'A passagem da imagem por essas ruas é muito importante para a comunidade. Hoje é o Círio para muitas destas pessoas', explica o inspetor Isnard.
Na Cidade Nova V, a imagem recebe uma homenagem diferente a cada ano. Tudo é planejado pela dona de casa Silvia Medeiros. Este ano, à frente da simpática casa amarela doze crianças encenaram a procissão do segundo domingo de outubro. Algumas carregavam casas feitas de isopor na cabeça enquanto outras simulavam o sacríficio da corda ao redor de uma pequena berlinda dourada. 'Ano passado nós encenamos o momento da descoberta de Plácido. Este ano resolvemos fazer uma miniprocissão', explica a dona de casa.
Icuí, Jaderlândia, Coqueiro, Paar e Curucambá, alguns dos bairros mais populosos e pobres de Ananindeua, assistiram à passagem do cortejo de Nossa Senhora durante a tarde. As fachadas das casas, mesmo as mais simples, aguardavam enfeitadas com fitas e balões. O sol forte e a espera pela passagem do carro que conduzia a berlinda fizeram alguns dos enfeites murcharem. A festa, contudo, não perdeu o brilho. O som dos fogos anunciava a aproximação do cortejo. Era chegada a hora de correr para a calçada. Mãos para o alto. Olhos vidrados na berlinda. O silêncio é quebrado pela voz que precede o coro: 'Viva Nossa Senhora de Nazaré'.As homenagens, em geral, não deixavam a procissão parada por mais do que poucos minutos. Este ano, as mais demoradas ocorreram em frente ao prédio da Unimed, na BR-316 e em frente ao posto da Polícia Rodoviária Federal em Ananindeua. Juntas, as paradas consumiram em média uma hora da procissão.
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