segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Bancada do Pará tem sete de outros Estados

No AMAZÔNIA:

Mais de um terço da bancada federal do Pará não nasceu no Estado. Dos 20 parlamentares que atuam no Congresso Nacional, sete nasceram em outras localidades do País. Para a maior parte da bancada, foi o sonho do eldorado amazônico, na década de 70, que os levou a desbravar a floresta amazônica. A rodovia Transamazônica (BR-230), projetada no governo militar (1969-1974), e o sonho de uma vida nova foram os principais motivos para a migração dos parlamentares e de suas famílias.
Eles fazem parte da estatística da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) relativa a 2008, que aponta mais de 1,3 milhão de migrantes no solo paraense. Seis deputados federais e um senador contribuem para o ranking da migração: Asdrúbal Bentes (PMDB) nasceu em Humaitá, no Amazonas; Bel Mesquita (PMDB), em Jundiaí, São Paulo; os mineiros Giovanni Queiroz (PDT) e Lúcio Vale (PR) são dos municípios de Campina Verde e Manhuaçu, respectivamente. Além de Zé Geraldo (PT), que nasceu em São Gabriel, no Estado do Espírito Santo, e Zequinha Marinho (PMDB), em Araguacema, no Tocantins. O senador José Nery, do PSOL, é de Pedra Branca, no Ceará.
O deputado Giovanni Queiroz é um exemplo de migrante que escolheu o Estado do Pará para morar. Nascido na região do Triângulo Mineiro, Queiroz saiu muito cedo do município de Campina Verde. Aos sete anos se mudou com a família para a cidade de Goiânia (GO) e dez anos depois foi estudar no Rio de Janeiro. O sonho de cursar Medicina foi simultâneo ao de morar na Amazônia. 'Aos 25 anos me formei em medicina. Eu tinha um mapa grande da Amazônia no meu quarto, eu lembro bem, e fazia uma marcação dos trechos que estavam sendo construídos da Transamazônica. Eu sonhava com a Amazônia e me formei em Medicina para ser médico na Amazônia', contou.

Nenhum comentário: