Um Guerra chega para semear a paz entre os tucanos do Pará

Engana-se – e engana-se redondamente - quem imagina que apenas a Democracia Socialista (DS) e a aliança PMDB-PT é que estão em chamas.
Os tucanos também estão.
Os tucanos continuam em chamas.
São chamas que precisam ser debeladas.
Nem que bombeiros de fora de Belém, de fora do Pará sejam acionados.
Pois foi o que os tucanos daqui fizeram.
Acionaram bombeiros de fora.
Ficaram de chegar na manhã desta quinta-feira a Belém o presidente nacional do PSDB, o senador pernambucano Sérgio Guerra, e o secretário-geral da legenda, deputado federal Rodrigo Castro (MG), mais aecista do que o próprio governador Aécio Neves, que disputa nos bastidores com o governador paulista José Serra o direito de ser ungido como o candidato tucano à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Guerra, apesar do que sugere o sobrenome, vem em missão de paz.
E sua missão na será nada fácil.
Em Belém, pretende se reunir com as bancadas estadual e federal do PSDB.
Também vai se avistar com o ex-governador Almir Gabriel, que já está de novo na cidade, depois das primeiras reuniões que aqui conduziu, no início do mês passado, pavimentando a escolha do candidato tucano ao governo do Estado para 2010.
E Sérgio Guerra e Rodrigo Castro também ouvirão por último, é claro, os dois principais protagonistas da disputa que se trava nos bastidores do PMDB: o senador Mário Couto e o ex-governador Simão Jatene, ambos candidatos declarados à sucessão de Sua Excelência a governadora petista Ana Júlia Carepa.
Como a intenção inicial de Guerra e Castro é fazer esses encontros separadamente – primeiro a bancada estadual, depois a federal, depois Almir etc. -, havia tucano, até ontem à noitinha, propenso a reservar hotel para Sérgio Guerra até outubro. Assim, o senador aproveita e ficar logo para o Círio.
Porque que não será fácil debelar em um ou dois dias de conversas as chamas que esquentam o ninho tucano.
Não será fácil.
Sabem disso todos os tucanos.
Inclusive, é claro, o senador Sérgio Guerra.