quarta-feira, 17 de junho de 2009

Salas lotadas no retorno

No AMAZÔNIA:

Depois de 40 dias de paralisação, a greve na rede estadual da educação chegou ao fim e a volta às aulas em alguns dos colégios de ensino público foi bastante movimentada. Alunos de todas as séries marcaram presença e lotaram as salas de aula. Para os professores, o sentimento é de vitória e de valorização da classe. Para os alunos, o momento é de correr contra o tempo.
Na escola Jarbas Passarinho, o dia letivo transcorreu normalmente para os estudantes de ensino fundamental e médio, para a felicidade da diretora Walmina Carvalho. 'Eu acho excelente. Tem vestibular e Enem chegando, fora as avaliações do colégio. Daqui a duas semanas já estaremos fazendo a segunda chamada para quem perdeu as provas da nossa primeira avaliação, que aconteceu antes da greve', ressalta.
Já para o estudante Luiz Otávio, que cursa o primeiro ano do ensino médio na escola Ulysses Guimarães, os professores estão mais preocupados em tirar o atraso no conteúdo do que com o aprendizado. 'Os professores agora querem dar aula como nunca deram antes, estão passando tudo com pressa pra gente. Pelo menos na minha sala, tem muito aluno que ficou perdido com as explicações', aponta.
Gabriela Dias, que faz o segundo ano do ensino médio na mesma instituição, acha que a preparação dos jovens para o vestibular ficou muito prejudicada com a paralisação. 'Foi um tempão que passamos sem vir pra aula. Eu me antecipei e contratei um professor particular para não me atrasar tanto, mas a maioria dos alunos voltou muito devagar pra escola, com a cabeça muito fria', disse.
Para Conceição Holanda, representante do Sindicato dos Trabalhadores do Estado do Pará (Sintepp), o fim da greve representa um fortalecimento da classe educacional paraense. 'Acho que tudo isso mostra que ainda é possível lutar pelos nossos direitos. Nós vencemos uma briga contra um gigante, que é o Estado', diz ela, que justifica que tudo o que se passou nos últimos dias foi feito pensando no futuro das escolas.
Sobre a questão da reposição das aulas, ela revela que o Sindicato está montando um calendário especial de reposição de 26 dias de aula.

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