Coitado do secretário Valdir Ganzer! (na foto, extraída do site da Agência Pará)
Ah, coitado!
Melhor faria se não tivesse ido ontem, à Assembleia Legislativa, para ouvir tudo o que lhe foi dito.
Ganzer ouviu coisas assim, pronunciadas em alto e bom som pelo deputado – governista e do G8 – Adamor Aires (PR): “Sai daí, Ganzer. Tua gestão é muito fraca”.
O secretário, no entanto, pode estufar o peito e creditar a si mesmo um grande mérito: ele uniu os contrários.
Os deputados estavam tiriricas, estavam porraqui com Ganzer.
Os petistas, é claro, não se pronunciaram contra o secretário, mas com certeza devem ter torcido à beça para que Ganzer fosse moído pela pancadaria verbal.
A tropa de choque que enfrentou o secretário era formada sobretudo pelos deputados Megale (PSDB), Adamor Aires, Parsifal Pontes e Simone Morgado, os dois últimos do PMDB.
Todos denunciaram as péssimas condições de trafegabilidade e a insegurança nas estradas do Pará.
O grupo abriu o verbo e ratificou todas as denúncias recebidas na audiência anterior, na última segunda-feira (1º), mesmo com a ausência de Ganzer, que não compareceu porque estava concluindo o plano de recuperação das estradas, após três anos de governo.
As críticas foram da inoperância à incompetência, do descaso com a população à gestão fraca. E não faltaram insinuações de interesses escusos que estariam por trás do caos na malha viária.
“Aparelhamento” no interior
Simone Morgado ratificou, por exemplo, a denúncia de que o diretor da regional da Setran em Capanema, Edmilson Cardoso Lopes, parente de Ganzer, só trabalha na malha rodoviária da região bragantina se o PT tiver apoio político dos prefeitos e deputados da área.
Prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças comunitárias, que lotaram o auditório João Batista, cobraram soluções emergenciais para tirar a maioria das estradas paraenses do atoleiro. Durante cinco horas, Ganzer ouviu de todos, políticos, comunidade, membros do PTP (Planejamento Territorial Participativo), que as rodovias estaduais pedem socorro. Cidades inteiras estão isoladas, causando prejuízos ao escoamento da produção agrícola e se tornando cada dia mais inseguras com registro de acidentes e mortes.
área.
O secretário é claro, desconversou.
Mostrou números, citou planos, disse que era uma perda de tempo a tentativa de desgasta-lo, lembrou que todos os presentes à sessão também têm aspirações de concorrer à eleição do próximo ano e não se mostrou muito preocupado com a situação periclitante que enfrenta na secretaria.
Por tudo isso é que Ganzer foi crivado de críticas.
Um comentário:
Eu nunca me enganei com esse Ganzer.
É só deixar ele abrir a boca.
Só um pouquinho.
Rapidinho.
Nem pra porteiro de cemitério, ele serve.
E quem serve nesse governo ?
Incluindo a donana.
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