domingo, 14 de junho de 2009

Quem mora no Bengui e arredores ressalta o benefício social

No AMAZÔNIA:

Quem mora do outro lado das obras de prolongamento, no entanto, argumenta que os benefícios do novo corredor viário suplantam os danos ambientais. 'Primeiro, eles se comprometeram a revitalizar o parque. Segundo, a pista nem vai mais entrar nele, vai ficar contornando por todos os 900 metros. Os animais da área, que precisam de alimentação especial, estão sendo domesticados pelos moradores do Bela Vista e, também, sendo atropelados na rua, já que não há nenhum gradeamento que evite a exposição deles ao perigo. Isso é uma irresponsabilidade', avalia Marco Antônio Costa Silva, agente comunitário membro da Comissão Fiscalizadora (Cofis) da obra.
Morador do Bengui há vinte anos, ele diz ter se acostumado ao descaso do Poder Público para com o bairro. As obras na Independência ajudariam nesse sentido, já que trariam ao menos uma avenida pavimentada para o uso da população. 'O problema é que ninguém quer ceder. Muitos de nós serão remanejados para que a avenida passe, mas o pessoal do Bela Vista não quer perder o contato com a natureza. Só que temos que pensar no bem da cidade, também', afirma Marco.
Todas as manhãs, moradores do Bengui e dos arredores do Mangueirão levam cartazes ao canteiro das obras da Independência - que caminham a passos lentos por conta da polêmica no MPE - na Transbengui, para pedir apoio da população local.
O autônomo Juarez do Socorro afirma que o conflito por conta da avenida só trará transtornos. 'Nós vivemos afundados na lama há muito tempo. Não tem nem uma rua que dê acesso bom ao centro. Agora que pelo menos uma medida do Poder Público começa a andar, o pessoal reclama, chama o Ministério Público. Assim ninguém vai entender o que queremos', reclamou.

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