domingo, 7 de junho de 2009

Profissionais de Belém discutem marketing político

No AMAZÔNIA:

O leque de estratégias de marketing político voltado para campanhas eleitorais pode ser aplicado a todos os lugares do mundo, mas o sucesso das estratégias sempre vai depender da adequação aos costumes e às legislações locais. No Brasil, por exemplo, a maior novidade em ferramenta de marketing, a internet, ainda não pode ser usada nas campanhas da mesma forma como ocorre nos Estados Unidos, onde a internet é livre inclusive para a arrecadação de doações para as campanhas, como ocorreu recentemente na eleição do presidente Barack Obama. O conhecimento dessas estratégias, ferramentas e, mais importante, suas aplicações, estão sendo apresentadas desde ontem em Belém por Carlos Manhanelli, consultor de marketing político de renome internacional, que ministra o curso 'Imersão Total em Marketing Político', a ser encerrado hoje no hotel Regente.
Manhanelli é professor da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Universidade de Salamanca (Espanha); presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos e coordenador do Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político. Ele também foi consultor da Rede Globo, do SBT e de outras emissoras de televisão do País, além de diretor presidente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae). Com ele, participam do encontro em Belém os professores Adolpho Queiroz, especialista em Pesquisas sob a Ótica do Marketing Político e Eleitoral, e Neusa Dorigon, especialista em Direito Eleitoral.
Para o especialista, a maior dificuldade para a prática do marketing político no Brasil tem sido a legislação brasileira, que, entre outros tópicos, diminuiu o número de veículos de comunicação que podem ser usados a serviço das campanhas. 'A ideia de usar essa legislação restritiva para reduzir custos de campanha, por exemplo, é uma coisa que não deu certo, porque se eu não posso usar outdoor, será um veículo a menos para minha comunicação, então vou aumentar o número de santinhos com a foto do candidato. Se não posso mais fazer showmícios com apresentações artísticas, vou aumentar o número de carros-som pela rua com o jingle, e assim por diante. Os gastos mudam de destino, mas não são reduzidos com isso', exemplifica.
As 40 vagas do curso em Belém foram preenchidas por publicitários, profissionais de veículos de comunicação, jornalistas e assessores políticos. O curso recebeu apoio das Organizações Romulo Maiorana e das agências de propaganda e comunicação DC3, Fax, Galvão, Griffo e OMG.

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