No AMAZÔNIA:
Donos de aparelhagens de som e representantes dos grupos de quadrilha dizem que não foram consultados pela Polícia Civil sobre as regras paras realizar festas juninas. A presidente da Associação dos Quadrilheiros e Grupos de Toada de Belém (Aquanto), Tetê Oliveira, reclama que a série de imposições atinge em cheio os grupos folclóricos e de cultura que fazem das festas um meio de conseguir dinheiro para manter a tradição. 'Já não temos nenhum subsídio nem incentivo e esse tipo de limitação ainda tira a possibilidade de conseguir recursos para bancar os grupos e associações.
Tetê Oliveira se refere às exigências de adequação dos espaços na rua pleiteados para serem usados como terreiros de festas da quadra junina. A Polícia Civil exige vistorias da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBM). Ela diz que os festejos e promoções são a forma de conseguir o dinheiro manter os grupos que se esmeram para as apresentações de dança no mês de junho.
De acordo com representante de cerca de 600 grupos em todo o Estado, nos outros meses do ano, não há interesse do poder público em conhecer a realidade das entidades que lidam com a cultura popular. 'Se procurassem conhecer o nosso trabalho, seria bem diferente. Poderiam até fazer regras mais adequadas', afirma.
Já o presidente da Associção dos Profissional das Aparelhagens e Festeiros do Estado do Pará (Apasepa), Manoel Machado Júnior, não estranha as normais impostas pela polícia, porque as quase 700 aparelhagens do Estado já estão impedidas de tocar na rua e em espaços públicos desde 2005. Porém, ele também lamenta a falta de comunicação com a categoria para estabelecer as regras. Ele comenta ainda que seria um bom momento para desfazer alguns equívocos sobre a atividade. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, ainda não houve pedidos para a Divisão de Polícia Administrativa (DPA) para realizar festas.
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