No AMAZÔNIA:
Foi de consternação e revolta o clima durante o enterro dos investigadores da Polícia Civil Adenildo da Silva e Ivan de Oliveira, mortos na tarde da última sexta-feira por dois homens que fugiram algemados da Seccional Urbana da Sacramenta.
Ivan foi velado em uma capela da Igreja dos Capuchinhos, centro de Belém. Já o corpo de Adenildo ficou na casa da mãe dele, no bairro do Jurunas. Em ambos os locais, parentes, amigos e companheiros de trabalho na polícia estiveram presentes para prestar as últimas homenagens. O enterro de Ivan aconteceu às 11h, em um cemitério particular no município de Marituba; o sepultamento de Adenildo ocorreu um pouco mais tarde, às 14h, também em Marituba, mas em um cemitério público.
O cunhado de Ivan, que não quis se identificar, foi o único parente da vítima que aceitou falar com a imprensa. Ele afirmou que Ivan, que tinha 46 anos de idade, estava na Polícia Civil há 22 anos e que já havia se envolvido antes em situações de risco, mas nunca havia se machucado em serviço. Ele era casado há vários anos e deixa dois filhos.
Na casa da mãe de Adenildo, onde o corpo do policial era velado, havia muita gente entre parentes e colegas de trabalho. A esposa do policial morto não saiu de perto da urna um só momento. Uma das irmãs de Adenildo, Alcione da Silva, chorava muito durante o velório do irmão e contou que o ele trabalhava há 16 anos como policial e, apesar de ter conseguido se formar em Biologia no ano passado, não pensava em sair da polícia.
Os dois policiais lotados na Seccional da Marambaia foram mortos ontem à tarde em uma casa no bairro da Sacramenta quando tentavam recapturar dois homens - um autuado em flagrante por assalto e outro que ainda seria ouvido - depois que eles fugiram da Seccional da Marambaia.
A dupla estava escondida em um cômodo da casa e, segundo testemunhas, Adenildo, ao tentar agarrar um dos fugitivos, teria deixado o revólver que carregava cair no chão. Um dos bandidos pegou a arma e matou os dois policiais.
Em perseguição policial, os dois bandidos acabaram mortos logo depois. O delegado Walter Resende, diretor da seccional, abriu inquérito policial para investigar a situação e determinar como as mortes ocorreram.
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