terça-feira, 9 de junho de 2009

Executada na frente da filha

No AMAZÔNIA:

Joseane Fernandes da Silva, de 26 anos, foi assassinada, ontem à tarde, no bairro da Cabanagem. O principal acusado do crime é o ex-companheiro dela, William Rabelo Ferreira, de 22 anos. Ele fugiu levando a filha do casal, uma criança de 3 anos. Segundo os policiais, a criança testemunhou o crime. Baleada na cabeça, Joseane morreu na hora, dentro da casa em que vivia, na WE 8, próximo à avenida Independência.
Segundo as primeiras informações repassadas ao delegado Fernando Cunha, de plantão na Delegacia da Cabanagem, o tiro foi disparado à queima-roupa. Isso indica que a vítima não teve chance de defesa. As primeiras informações também apontam que o casal, que brigava muito, ficou separado durante dois meses. Mas há duas semanas William e Joseane voltaram a se encontrar. No cenário do homicídio, surgiram comentários classificando William como um homem ciumento, conduta que gerava as brigas.
Ainda segundo o delegado Fernando Cunha, também há informações de que William costumava andar com duas armas de fogo - seriam revólveres, uma das quais pode ter sido a arma do crime. Os policiais também investigam o possível envolvimento dele com assaltos. Ao delegado Fernando Cunha foi repassada a versão de que o acusado comprou uma motocicleta com dinheiro conseguido em roubo. Os policiais militares que compareceram ao local do assassinato, lotados na 5ª Zona de Policiamento, cuja base é na Seccional da Marambaia, apuraram que, após sair da casa, William foi até a casa dos pais dele, no bairro do Bengui. Ele deixou a criança com os avós, para os quais disse que Joseane havia se suicidado.
O delegado Fernando Cunha recolheu a informação de que William deixou o bairro da Cabanagem de mototáxi. E que, também em uma motocicleta, foi visto na praça do Marex, no bairro de Val-de-Cães. A notícia do crime atraiu um grande número de curiosos até aquela residência. Todos queriam ver o corpo de Joseane, que atualmente ganhava a vida vendendo roupas.
Ninguém, porém, sabia qualquer coisa sobre as circunstâncias do crime. Havia quem não soubesse sequer qual era o nome da rua, o que demonstra que as pessoas estavam ali apenas por curiosidade. Peritas criminais do Instituto de Criminalística (IC), do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves começaram a realizar o levantamento de local pouco depois das 18 horas. Eles recolheram evidências e vestígios que possam ser úteis às investigações, que vão ser conduzidas pela Polícia Civil. Esse levantamento de local será, depois, transformado em laudo e encaminhado à autoridade policial que ficar à frente do caso.
Concluído o trabalho dos peritos, o corpo de Joseane foi removido, por volta das 18h30, para o Instituto Médico Legal, que também faz parte do CPC Renato Chaves. Os funcionários do IML, inclusive, tiveram dificuldade para estacionar o carro próximo à residência, exatamente por causa do grande número de curiosos. Até o início da noite não havia informações sobre o paradeiro de William. Um inquérito foi instaurado na Delegacia da Cabanagem para investigar o assassinato de Joseane.

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