sábado, 13 de junho de 2009

Áreas críticas em obras

No AMAZÔNIA:

As obras de macrodrenagem da bacia da Estrada Nova, iniciadas em abril pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), pretendem acabar com os alagamentos no centro da cidade. Os maiores beneficiados, no entanto, ainda têm duvidas quanto à eficiência do projeto. Quem mora próximo aos canais das travessas 14 de Março e Dr. Moraes, onde as obras já começaram, torce para que a promessa seja cumprida, mas afirma que não paga para ver.
'Minha casa está avaliada em R$ 120 mil, mas se alguém aparecer hoje com R$ 90 mil eu vendo na hora', garante o aposentado Jonas Farias. Há dez anos ele mora na travessa 14 de Março entre as ruas Pariquis e Caripunas, um dos trechos mais castigados durante o inverno paraense. 'Eu imagino que após a conclusão das obras, se tudo der certo, as casas dessa rua irão valorizar. Mas prefiro não esperar. Já pendurei a placa de ‘vende-se’ e na hora que aparecer comprador eu arrumo minhas coisas saio daqui', diz. Ele conta que ano passado perdeu cama, fogão e sofá em virtude das enchentes. 'Este ano deixei os móveis suspensos', confessa. No perímetro onde o aposentado mora existem três casas à venda.
O projeto de macrodrenagem prevê que as vias às margens dos canais passem a ter três metros de largura. Elas também receberão pavimentação asfáltica, meio-fio, calçamentos padronizados com dois metros de extensão e baias para estacionamento de veículos. Os postes de energia e iluminação pública serão realinhados após as mudanças. A primeira fase da obra - revitalização dos canais da 14 de março, Dr. Moraes e Caripunas -, deve ser concluída até o final do ano.
'O objetivo é fechar o cronograma dessa fase até o final do ano. Não queremos mais que as ruas no entorno desses canais sejam alagadas', afirma o secretário municipal de Urbanismo, Sérgio Pimentel. A segunda fase dos trabalhos na bacia começará no segundo semestre do ano. 'Em agosto serão iniciadas as obras do canal da Quintino e na metade do segundo semestre começaremos a trabalhar na Bernardo Sayão', garante. O final do conjunto de obras está previsto para setembro de 2010.

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