No AMAZÔNIA:
Mãe e filho foram baleados na noite de ontem, durante assalto com refém ocorrido dentro de uma van, em frente a um shopping da rodovia BR-316, na divisa entre Belém e Ananindeua. Dois adolescentes de 13 e 16 anos mantiveram seis pessoas prisioneiras por cerca de meia hora. Houve pânico e tumulto. Todas as entradas e saídas do shopping foram fechadas e o trânsito foi interditado pela polícia. Dezenas de viaturas das Polícias Militar e Rodoviária Federal e homens da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) foram mobilizados.
Tudo começou por volta das 21h, quando os dois adolescentes entraram na van que fazia ponto na esquina do shopping, no sentido Ananindeua-Belém. Uma das reféns contou que a dupla esperou que vários passageiros entrassem e o veículo estivesse em movimento para então anunciar o assalto.
A estudante Ana Nayara Luz Costa, 18, foi uma das passageiras feitas reféns. Ela disse que o motorista da van ficou muito nervoso com o anúncio do assalto e parou o veículo em frente ao shopping. O motorista, que permanecia não identificado até o final da noite, conseguiu fugir. 'Eles (os adolescentes) mandaram o motorista seguir para a Providência, mas ele ficou com medo e fugiu', disse a refém. Nesse momento, um dos acusados, que estava armado, disparou contra o motorista, mas em meio à confusão o tiro atingiu o braço de uma mulher que estava sentada logo atrás do condutor. O disparo atravessou o braço da mulher e atingiu o braço do filho dela, um menino que aparentava ter 10 anos.
O barulho do disparo e a fuga do motorista chamou a atenção de outros condutores de transporte alternativo. Eles usaram um dos veículos para trancar a frente da van assaltada e assim evitar que outra pessoa fosse obrigada a tomar a direção para uma tentativa de fuga.
Em poucos minutos dezenas de policiais cercaram o local. O shopping, que estava lotado devido às compras de final de ano, teve todas as saídas bloqueadas. Ninguém podia entrar ou sair e as centenas de pessoas que ficaram do lado de fora provocaram tumultos tanto para tentar se proteger dos tiros quanto por curiosidade, atrapalhando o trabalho da polícia e aumentando a tensão durante a negociação.
Negociação - O sargento Gilberto Garcia, da 5ª Zpol, foi um dos primeiros policiais a chegar no local e negociou a rendição dos reféns. A tensão era grande. A polícia sabia que havia pessoas feridas como reféns, mas não tinha informação sobre a gravidade dos ferimentos. Foram cerca de 30 minutos de uma negociação marcada pela emoção, enquanto mãe e filho permaneciam baleados dentro da van.
Somente por volta das 21h30 é que o adolescente que portava a arma entregou o revólver e permitiu que um policial carregasse mãe e filho para fora do veículo. A criança estava apavorada e sangrava. A mãe, em estado de choque, só falava que queria ajuda para o filho e avisar ao marido que estavam bem. Na hora em que os adolescentes se entregaram houve novo tumulto e desespero. As centenas de pessoas que aguardavam o desfecho do assalto às proximidades do local tentaram invadir o cerco policial, gritando que queriam matar os adolescentes assaltantes.
As vítimas feridas foram levadas de ambulância para atendimento médico. A polícia não divulgou os nomes dos feridos. Os demais reféns seguiram com os acusados e a polícia para a Seccional da Marambaia. Policiais que participaram do episódio ficaram chocados com a pouca idade dos envolvidos. Eles foram levados em seguida para a sede da Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data).
Um comentário:
Deveriam prender também os pais ou responsáveis pelos "tolinhos" (imagine, um de 16 e um de 13 anos!).
E onde arranjaram a arma?
E vejam, com tão pouca idade, o gráu de periculosidade e a total ausência de preocupação com a vida das pessoas: não titubearam em atirar para matar o motorista que, ao que parece, apenas escapava.
É, a coisa está feia, gente.
E vai ficando pior.
O que vai acontecer com esses "tolinhos"?
Certamente passarão por "medidas sócio-educativas" em um depósito de menores infratores (onde, em verdade, farão intensivão de bandidagem) e logo logo estarão "prontos" para voltar ao convívio da sociedade.
Triste realidade.
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