No AMAZÔNIA:
Terminou a era Raimundo Ribeiro. Para os opositores, fica a ilusão de que os problemas administrativos do Remo acabaram. E, para os aliados, resta lamentar os objetivos não alcançados nos últimos dois anos. Sem dúvida, o desfecho do mandato de Ribeiro poderia ter sido melhor. Foi uma administração marcada por tropeços, pela falta de união e, claro, por dois rebaixamentos seguidos.
Na semana passada, Raimundo Ribeiro deixou o Clube do Remo de vez. Pelo menos nos próximos anos, o empresário potiguar não quer mais saber de ser chamado de cartola, dirigente... Pois, enquanto esteve no comando azulino, bateu de frente com a imprensa, com a Associação dos Torcedores e Amigos do Remo (Atar) e, sem resultados nos campeonatos nacionais, também conquistou a inimizade da torcida remista.
Os principais questionamentos não foram éticos, tampouco morais. A competência de Ribeiro é que foi posta em xeque. E, de fato, o ex-dirigente azulino deixou a desejar em vários quesitos. Em compensação, enfrentou a crise até as últimas conseqüências. Até porque, quando assumiu o Remo, as dívidas trabalhistas do clube já somavam R$ 3 milhões. E, nos últimos dois anos, dobraram.
Todos os erros clássicos foram cometidos por Raimundo Ribeiro: contratações em excesso, partilhas administrativas, atrasos salariais, quedas-de-braço na imprensa. E nada do que foi prometido na cerimônia de posse foi cumprido. Mas, quando tomou consciência da crise azulina, em 2006, tratou logo de avisar: 'Seria inaceitável passar a idéia de que estou chegando com uma fórmula farmacêutica infalível'.
A administração de Raimundo Ribeiro teve altos e baixos. Mas os vacilos são lembrados com mais veemência. Sabe-se que a presidência azulina nunca esteve tão centralizada e que o clube amarga uma das piores crises financeiras e de credibilidade em cem anos de história. Contudo, embora tenha sido abandonado por vários parceiros azulinos, Ribeiro ainda conquistou dois Campeonatos Paraenses.
No final do mandato, a imagem de Ribeiro ficou desgastada. E a do clube também. Mesmo assim, o dirigente esteve nas eleições presidenciais do próximo biênio, vencidas por Amaro Klautau, e promete voltar para a cerimônica de posse. 'Estou tentando comprar a passagem, mas é alta estação e está difícil. Mesmo assim, estou preparando um discurso', avisou.
De Natal, no Rio Grande do Norte, onde nasceu, Raimundo Ribeiro Filho concedeu esta entrevista e soltou o verbo contra os remistas que o abandonaram.
Mais aqui.
Um comentário:
Ei, Ribeiro-trajédia, fica por aí mermo, sumano.
Não gasta o dinheiro da passagem, faz uma boa ação: doa para o Remo.
Já chega de tanto vexame; para em 2008, tá bom.
Não contamina 2009!!!
Cruz-credo!
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