No AMAZÔNIA:
Há quase um mês trabalhando sob o comando de Edson Gaúcho, na Curuzu, os jogadores e membros da comissão técnica, que atuam pela primeira vez com o treinador, parecem bem adaptado ao estilo do novo comandante do Paysandu.
A fama de 'durão' que acompanha o técnico é encarada com naturalidade pelos integrantes do elenco bicolor. Alguns atletas chegam a compará-lo a outros treinadores que passaram pelo clube. É o caso do experiente atacante Zé Augusto, que veste há mais de dois anos a camisa alvi-azul. Na avaliação do jogador, Gaúcho é apenas um técnico que cobra o que tem de ser cobrado de seus comandados.
'Não vejo nada de absurdo na maneira dele trabalhar', analisa. 'O que ele exige é apenas profissionalismo como tantos outros técnicos', afirma Zé Augusto. Para o ídolo da Fiel, é bom ter um treinador com este estilo de trabalho à frente da equipe. 'Ao menos, todos sabem que não podem deixar de cumprir suas obrigações dentro do clube', justifica.
O goleiro Paulo Wanzeller, que, a exemplo de Zé Augusto, trabalha pela primeira vez sob a batuta de Gaúcho, é outro que elogia a filosofia de trabalho do treinador. 'Não o vejo como um treinador durão', diz Wanzeller. 'Cada técnico tem a sua maneira de trabalhar e o Edson tem a sua', diz. 'Não é nada daquilo que estamos acostumados a ver no futebol.'
Na avaliação do arqueiro, Gaúcho só exige aquilo que os jogadores podem dar em campo. 'Já deu para perceber que sua filosofia de trabalho é cobrar sempre o que é possível', arrematou. O preparador de goleiros Edson segue um discurso semelhante ao dos jogadores.
Esta é a primeira vez que Cimento integra a comissão técnica de Gaúcho, mas o treinador não é nenhum desconhecido do preparador. 'Jogamos juntos no Náutico-PE', conta. Em poucas palavras, Cimento define o comandante bicolor como 'um cara correto'. Segundo Cimento, Gaúcho adota a linha do 'profissionalmente' correto desde a época de jogador. 'Ele sempre gostou de cumprir horário', revela. 'O Gaúcho cobrava até dele próprio naquela época e continua sendo o mesmo como treinador', valoriza.
O volante Wilson é outro que garante estar bem adaptado a forma de trabalho do treinador. 'O que estou vendo no trabalho dele é uma coisa normal', afirma. O meio-campista acredita que a fama de 'durão' de Gaúcho está relacionada ao fato de o treinador ter origem no Rio Grande do Sul. 'Os gaúchos têm uma escola, com treinadores exigentes, que cobram um futebol forte e disciplinado', salienta o jogador, que atuou pelo Time Negra na primeira fase do Campeonato Estadual.
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