terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Cezar Peluso tem afeição especial por Santarém

Quis o destino que um magistrado do Supremo Tribunal Federal que tem ligações com Santarém decida o destino de uma prefeita escolhida pelos santarenos para governá-los por mais quatro anos.
Cezar Peluso (na foto), o ministro do STF que deverá decidir, muito provavelmente hoje, se concede ou não a liminar para diplomar e empossar no cargo, para um novo mandato, a prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins Lima (PT), é sobrinho da compositora e pianista santarena Rachel Peluso (1908-2005).
O ministro, na qualidade de vice-presidente do STF, aprecia medida cautelar em que Maria do Carmo pede para ser empossada no cargo, ainda que o TSE, em sessão do pleno, tenha indeferido o registro de sua candidatura, ao entender por maioria de votos (4 a 3) que a gestora, na condição de membro do Ministério Público do Estado, não deveria ter-se licenciado, mas se exonerado do cargo de promotora de justiça, para que, assim, se habilitasse a concorrer a um novo mandato.
Na cautelar, a prefeita alega que sua diplomação e conseqüente empossamento para um novo mandato resguarda seu direito de que continue a governar o município, até que o próprio Supremo julgue recurso extraordinário em que Maria do Carmo pleiteia seja derrubada a decisão do TSE.

O centenário de Rachel Peluso
Sobre Rachel Peluso, a tia do ministro Cezar Peluso, o desembargador santareno Vicente Malheiros da Fonseca teve publicado no início de maio passado, em O LIBERAL, o artigo intitulado “Centenário de Rachel Peluso”, compositora e pianista paraense que nasceu em Santarém e faleceu em São Paulo.
Ela foi professora de piano do próprio Vicente no Conservatório Musical "Padre José Maurício (1962-1963), em São Paulo (SP). Para ela, o avô paterno do desembargador, José Agostinho da Fonseca (1886-1945), compôs a valsa "Rachelina" (1922), que recebeu letra do poeta João de Jesus Paes Loureiro (1996).
Neste ano de 2008, foram feitas várias homenagens ao centenário de nascimento de Rachel Peluso.
Uma delas foi prestada pelo jovem violonista paraense Maurício Ferreira Gomes, que mora em Barcelona (Escola Superior de Música da Catalunha, na Espanha), nos recitais de violão que apresentou em várias cidades brasileiras.

Um comentário:

Yúdice Andrade disse...

Enquanto isso, "O Liberal" insiste que o processo continua em poder de Gilmar Mendes. Ontem o jornal publicou que os autos estariam na casa do presidente do STF. Desinformado, não?