No AMAZÔNIA:
A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, reforçou o que já havia manifestado em público, que é favorável à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, 'mas desde que não se repita o que aconteceu aqui mesmo, em Tucuruí. Nós, o Estado do Pará, temos o maior orgulho em ajudar no desenvolvimento de outros estados brasileiros, mas precisamos em primeiro lugar de um desenvolvimento que fique aqui no Pará, e depois siga para outras regiões, porque o desenvolvimento tem que ser para todos', disse a governadora, que também falou da emoção de ver as obras das eclusas de Tucuruí a todo vapor após mais de 20 anos do início e de muitas paralisações.
Ana Júlia também entregou em mãos ao presidente Lula a pauta de reivindicações dos movimentos sociais das comunidades atingidas pela barragem de Tucuruí, porque algumas demandas são da competência do governo federal. A pauta foi entregue para a governadora em uma reunião dela com as lideranças dos movimentos, realizada no campus da Universidade do Estado do Pará em Tucuruí.
A reunião foi convocada pelo governo estadual por causa da ameaça das lideranças de fazer protestos durante a visita de Lula. As lideranças do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), da Comissão Pastoral da Terra (CPT), da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado do Pará (Fetagri) e da Colônia de Pescadores de Tucuruí passaram toda a segunda-feira acampadas próximos do Centro de Treinamento da Eletronorte, próximo da hidrelétrica.
Na noite de segunda-feira as lideranças concordaram em se retirar, desde que se encontrassem com a governadora para fazer as reivindicações diretamente a ela.
No encontro Ana Júlia afirmou que, embora nem todas as reivindicações sejam da competência do governo estadual, ela iria intermediar as demais junto ao governo federal e ao município de Tucuruí, para que haja prioridade no atendimento das demandas.
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