Segundo trabalhadores rurais assentados de Anapu, região central do Pará, o fazendeiro acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang, Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, está tentando obter a área em que a freira foi morta, em fevereiro de 2005.
A denúncia foi feita no sábado, em audiência pública realizada no município com a presença de representantes de instituições governamentais, de organizações sociais, do Ministério Público Federal (MPF) e de aproximadamente 300 agricultores.
Taradão propôs receber a área em troca de um terreno seu em reunião realizada no último dia 28 na unidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Altamira. Cópias da ata dessa reunião foram entregues pelos movimentos sociais ao procurador da República Felício Pontes Júnior.
Ele avisou que vai pedir à Polícia Federal a abertura imediata de inquérito sobre o caso. “A negociação de terras públicas é ilegal e quem faz isso tem que ir para a cadeia”, ressaltou. O fazendeiro tem interesse no lote 55 da gleba Bacajá, onde atualmente vem sendo implementado um projeto de desenvolvimento sustentável, modelo de aproveitamento dos recursos naturais defendido pela missionária como o ideal para áreas de reforma agrária na Amazônia.
Mais aqui, no site da Procuradoria da República no Pará
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