Na FOLHA DE S.PAULO:
Em ano de eleições municipais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou um exército de 19 ministros e cinco interinos para a abertura da 11ª Marcha dos Prefeitos, em Brasília. Lula prometeu uma série de medidas, apresentou números de seu governo e a única crítica que ouviu partiu do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), que reclamou do excesso de medidas provisórias editadas pelo governo.
Garibaldi disse que a atual política em relação às MPs "denigre" a Casa, "manietada" por tais medidas. Reconheceu que não pode se comprometer com nenhuma data para a votação de temas de interesse dos prefeitos, como a emenda 29 e a reforma tributária, "porque a pauta vive trancada".
O presidente do Senado começou o discurso aplaudido, mas, na medida em que as reclamações cresciam, alguém da platéia reagiu: "É só trabalhar cinco dias por semana", gritou um dos presentes, numa crítica ao ritmo dos congressistas.
Minutos depois, Lula defendeu a necessidade de o Executivo ter um instrumento para fazer as coisas "andarem mais ágeis" . "Quero dizer aqui, de público, que da minha parte, não há nenhum óbice para que a Câmara e o Senado possam regular o funcionamento das medidas provisórias."
E completou: "Mas eu acho que entre a vontade de todo mundo [governo federal, Estados e municípios], nós precisamos encontrar um ponto de equilíbrio que permita que o Congresso se sinta confortável e, ao mesmo tempo, o governo possa governar este país".
O presidente ironizou o resultado das mudanças implementadas no governo FHC.
"O trancamento de pauta deve ter sido uma invenção de quem governava o país até 2003. Talvez, na época, achando que fosse melhorar", afirmou. "Devem ter achado que o trancamento de pauta seria a a salvação da nação. É assim, mas, quando as coisas começam a ser praticadas, nem sempre funcionam corretamente."
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