Leia aqui a abertura desta notícia que o G1 pôs na rede há pouco:
Os estudantes da Universidade de Brasília (UnB) decidiram, nesta segunda-feira (14), manter a ocupação do prédio da reitoria, que já dura 12 dias. Em assembléia geral, eles condicionaram a desocupação da reitoria à convocação de eleições paritárias - em que os votos de estudantes, professores e servidores têm o mesmo peso - para a escolha do reitor e dos novos dirigentes da universidade.
Agora lei aqui este trecho do post Ao reitor Sílvio Gusmão, ao reitor Bira Rodrigues, que o Espaço Aberto divulgou em 16 de janeiro passado:
Como deve ser uma eleição numa universidade? Deve ser como é além de seus portões, num pleito majoritário: votam os que estão aptos a votar – do presidente da República ao mais humilde, ao mais anônimo dos cidadãos -, e leva quem for o mais votado. E acabou-se.
Já disseram ao poster:
- Mas, sabe como é, numa universidade tem mais aluno que professor.
É mesmo? É por isso que numa universidade os votos têm pesos diferentes? Então, vamos combinar assim: nas eleições em que o voto é universal, também haveremos de estabelecer pesos, ponderações matemáticas - Céus! –, seja lá o que for. Isso tudo para se definir que o voto dos professores, por exemplo, vale mais que o dos jornalistas, porque há mais professor que jornalista, evidentemente.
Poderemos criar também uma categoria no ato de registro eleitoral: o eleitor pode se definir como torcedor de futebol, por exemplo. Assim, os torcedores, provavelmente, serão em maior número, muito mais, que os professores, portanto seu voto terá peso maior.
É isso, então?
Numa eleição universal, o presidente da República governa para todos os nacionais, o governador para todos os habitantes de um Estado e o prefeito para todos os municípios. Governam para todos igualmente - ou pelo menos devem. Certo? Certo.
Numa universidade, o reitor é o dirigente maior e deve dirigir igualmente todos – professores, alunos, o pessoal dos setores administrativos, todo mundo. Certo? Errado. Numa universidade, se subsistisse a lógica, o reitor deveria governar mais para quem teve voto com peso maior. Não seria essa a lógica?
Também já argumentaram ao poster:
- Mas numa universidade, os alunos passam, os professores e funcionários ficam por mais tempo.
É mesmo? Então é assim? É por isso que o voto de quem fica mais tempo por lá vale mais? Então, vamos combinar assim: nas eleições em que o voto é universal, poderia ser proposto que houvesse uma gradação de peso conforme a idade do eleitor. Assim, o eleitor mais jovem teria um peso maior do que o eleitor acima de 60 anos? É isso mesmo?
Reitor Sílvio Gusmão, reitor Bira Gusmão – mais ao segundo que ao primeiro -, fica este apelo: quando assumirem, mudem o regimento eleitoral da Uepa. É proibido que, nas academias, tudo seja muito simples? É proibido que seja simplificado o processo eleitoral? É proibido que, no processo eleitoral da Universidade do Estado do Pará, 2 + 2 sejam 4, e não IV = [(Do/Vdo) x Pdo] + [(Di/Vdi) x Pdi] + [(f/Vf) x Pf]?
2 comentários:
Paulo,
diante desta sua matéria e de nossa inquietação com a situação de nossa UEPA, publicamos (http://uepanofoco.blogspot.com/) mais uma matéria referente a como a falta de ação de nossa comunidade acadêmica resulta nisto aí que estamos vivendo: uma intervenção velada com profundo desrespeito à autonomia universitária. Dá uma conferida, lá.
Abraços,
Capitão Dalluz, sentido! (rsss).
Ok, obrigado pela informação. Passarei por lá.
Abs.
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