Na FOLHA DE S.PAULO:
O chairman do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, apresentou sua mais sombria avaliação sobre a economia dos Estados Unidos na manhã de ontem, alertando um comitê do Congresso de que era provável que surgisse uma estagnação do crescimento econômico, ou uma possível contração, no primeiro semestre deste ano.
Em seu primeiro pronunciamento público depois de o Fed ter orquestrado uma operação sem precedentes de resgate ao banco de investimento Bear Stearns, Bernanke defendeu as ações do banco central contra as acusações de "risco moral", e reconheceu que a economia mais ampla enfrenta problemas consideráveis.
O presidente do Fed também disse que as medidas tomadas pela instituição para restaurar a confiança nos mercados de crédito haviam "ajudado a estabilizar a situação, de alguma maneira" e provavelmente estimulariam uma recuperação econômica, depois do verão.
Mas ele advertiu que as atuais turbulências tornavam difícil prever as perspectivas econômicas.
"A incerteza que cerca essa previsão é bastante elevada, e os riscos continuam a ser de queda", disse Bernanke ontem em depoimento ao Comitê Econômico Conjunto do Congresso.
Em termos gerais, disse Bernanke, "parece agora que o PIB (Produto Interno Bruto) real não crescerá muito, se é que o fará, no primeiro semestre de 2008, e poderia até mesmo se contrair ligeiramente".
As declarações de Bernanke tiveram repercussão negativa nas bolsas norte-americanas ontem, revertendo a onda de otimismo registrada no dia anterior. O índice Dow Jones recuou 0,38% e a Nasdaq, 0,06%.
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