Na FOLHA DE S.PAULO:
Enquanto a investigação sobre a morte de Isabella Nardoni é o assunto mais comentado do país, do noticiário às conversas informais, a família da mãe da menina se esforça para ficar longe das câmeras e voltar à rotina. Semana passada, Ana Carolina Oliveira, 24, retomou o trabalho de bancária, foi à missa, saiu com o namorado, visitou o túmulo da filha e negou os pedidos para gravar entrevista.
"Disse o que tinha a dizer e a quem devia dizer", comentou informalmente no quintal de sua casa, na quarta-feira, antes de seu depoimento à polícia se tornar público e os repórteres voltarem a fazer plantão na pacata rua José de Almeida, na Vila Gustavo, zona norte.
A opção de não dar entrevistas foi combinada entre todos os familiares, que se policiam para não ceder ao assédio da imprensa. Tanto Ana quanto seus pais, José Arcanjo de Oliveira e Rosa Oliveira, dizem acreditar na justiça de Deus e dos homens e estar satisfeitos com a dinâmica com que o caso tem sido tratado pela polícia.
Aos amigos, Rosa conta que em um curto espaço de tempo, levou os três maiores choques de sua vida. O primeiro, foi quando a avisaram que sua neta havia caído da janela do 6º andar. O segundo foi quando Alexandre Nardoni disse a ela que um ladrão a havia jogado e o terceiro foi quando vieram à tona as suspeitas de que o próprio pai jogou a menina. "Agora, não me choco com mais nada."
Ana conta que, às vezes, amigos e parentes se mostram revoltados e sugerem protestos. "As pessoas querem que eu faça escândalo. Isso não vai acontecer. Nada vai trazer minha filha de volta e eu quero seguir em frente", disse à Folha, firme, calma e com olheiras profundas que dão a volta nos olhos. "Só eu sei o que passa pela minha cabeça quando me deito."
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