Bastou um empate para o Águia sagrar-se campeão paraense do primeiro turno do Campeonato Paraense. É um título inédito na história do time de Marabá.
Não cabe agora a remistas e bicolores reclamarem, com um quê de despeito, que o Águia só ganhou porque Remo e Paysandu estão na pior, porque Remo e Paysandu estão com elencos sofríveis, porque Remo e Paysandu já não são nem a sombra do que eram há dois ou três anos, se tanto.
Se remistas e bicolores quiserem reformular seus queixumes, poderão dizer que, dentre os piores, o Águia foi o melhor. Pronto. E ponto.
O futebol do interior do Pará luta com sacrifícios. Lá, sim, no interior, o regime é sempre de vacas magras. O São Raimundo de Santarém, terceiro município mais populoso do Estado, já enfrentou privações humilhantes em tempos outros – bem recentes, vale dizer.
A vitória do Águia é um prêmio à persistência. É um prêmio à recusa em aceitar um modelo em que pernas-de-pau chegam a Belém como se fossem os supra-sumos do futebol brasileiro.
Marabá tem razões pra comemorar. Pois que comemore, então.
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