quinta-feira, 3 de abril de 2008

Ganhos e perdas, perdas e ganhos na Uepa

O blog já ressaltou hoje (veja postagem aí por baixo) que o quadro atual na Uepa, entre os simpatizantes das candidaturas dos professores Sílvio Gusmão e Bira Rodrigues, respectivamente primeiro e segundo colocados na eleição para reitor da instituição, é de perdas e ganhos para os dois lados. Leiam estes dois comentários sobre o post Consun aprova nome para reitor provisório da Uepa:

 

De um leitor que se assina Capitão Dalluz:

 

Até a próxima sexta-feira os ânimos na Uepa ficarão bastante acirrados. Quem estava presente hoje [ontem] mencionou que a reunião no Consun foi tensa do início ao fim.

Correndo o risco de cometer um "crime" contra a democracia, creio que a governadora deve refletir bem se realmente vale a pena esta picuinha com a Uepa. Penso que ninguém quer ser chamado de demagogo e hipócrita durante a campanha eleitoral de 2010 pelos opositores. É esperar pra ver.

 

De um Anônimo:

 

É isto aí, assistimos a mais um golpe do grupo do Sílvio Gusmão no Consun, desta vez unido com o grupo da Ana Cláudia, que em reunião prévia escolheram os nomes que contemplariam os dois grupos. Juntos, estes grupos têm maioria no Consun e votaram uma proposição que fere o próprio regimento da instituição, uma vez que não cabe ao Consun realizar uma eleição indireta para reitor e vice-reitor no próprio conselho, tendo como candidatos os próprios conselheiros.

Isto fere o Regimento no seu tópico de autonomia administrativa, que diz que eleições para reitor e vice-reitor devem ser diretas e não indiretas, como foi realizada através desta armação.

Tal ato também foi totalmente ilegal pelo fato de que o Regimento do Consun diz em seu artigo 25 que, em reuniões extraordinárias como esta realizada, exigir-se-á, na aprovação da matéria, a votação favorável da maioria absoluta de seus membros.

A votação inicial de que esta eleição deveria ou não acontecer inicialmente empatou em 11 a 11, e depois que todos votaram foi desempatado pelo voto "minerva" da presidente do Consun no momento da reunião.

Isto também é totalmente ilegal, uma vez que não é previsto no regimento da Uepa a prerrogativa do presidente do Consun votar após todos os conselheiros e desempatar uma votação.

Os "eleitos" no Consun são professores que não têm mérito como conselheiros. Ana Kelly acabou de assumir o seu mandato neste conselho, sendo esta a segunda reunião que participa, e Napoleão Braum é um dos conselheiros mais faltosos, aparecendo praticamente apenas em reuniões extraordinárias para votar coisas de seu próprio interesse.

Assistimos mais uma vez um "circo de horrores" no Consun, onde os conselheiros esqueceram de sua grandiosa função de legislar sobre as políticas universitárias visando o bem de toda a instituição e resolveram votar em si próprios, em função de interesses escusos e promessas de cargo de quem está no poder.

É necessário um ato governamental que apure todos os desmandos da atual gestão, inclusive aquelas realizadas no Consun, para que se quebre este ciclo de autoritarismo e desmandos em nossa universidade.

3 comentários:

Capitão Dalluz disse...

Paulo,
parece que ocorreu certa troca de figurinhas na questão da Vice-Reitora interventora. Não será surpresa se na publicação do DO de amanhã no lugar de Graça Silva estiver Elvira (Pró-Reitora de Graduação). Se a situação já estava ruim... só tende a piorar.
Abraços

Poster disse...

Capitão Dalluz, com as minhas continências (rssss).
Nada mais é surpresa na Uepa. Nada mais. E é uma pena que seja assim.
Abs.

Anônimo disse...

Profa Marília é profissional competente, seu nome não tem sido questionado e sim a forma da indicação. Suas qualidades são quase uma unânimidade .

A outra unânimidade desta nomeação está ao seu lado, na Vice-Reitoria, desta feita negativa. Profa. Elvira começou na eleição como Pró-Reitora da atual gestão, rachou e foi apoiar a Profa. Ana Cláudia, rachou de novo para ser Vice.

Nesta última reunião do CONSUN e nas anteriores, a Profa Elvira afirmou que não tinha interesses e que também concordava que todos os Pró-Reitores não deveriam participar da lista a ser encaminhada à Governadora.

Talvez os interesses que tinha/tem não possam ser tornados públicos e a mesma preservou-nos de tal susto. Na verdade, adiá-lo.