Na FOLHA DE S.PAULO:
Apresentando-se como principal vítima da crise do dossiê, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) levantou ontem a possibilidade de "invasão" dos computadores do Palácio do Planalto. Ao se manifestar sobre a reportagem da Folha com cópia do dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso extraída diretamente da Casa Civil, Dilma insistiu na versão de que teria havido montagem das informações contidas no banco de dados organizado no órgão.
"Há a possibilidade de um computador da Casa Civil, um bem público, ter sido invadido", afirmou a ministra em pronunciamento. Ironicamente, sugeriu que seria fácil rastrear a "invasão" da rede do Planalto. "Parece a história do agente secreto com crachá."
Em seguida, relatou que são maiores as chances de alguém de dentro da Casa Civil ter copiado os arquivos. "Não descartamos nenhuma hipótese."
Após ter cancelado sua agenda e passado parte do dia cuidando das providências para rastrear a origem do vazamento de informações do Planalto -sua maior preocupação-, Dilma anunciou que cinco computadores da Casa Civil haviam tido o uso suspenso ontem para averiguações.
Na véspera, quando procurada a se manifestar previamente sobre o conteúdo da reportagem publicada ontem, a Casa Civil optou por não comentar as informações.
"Eu acho que hoje, com a publicação deste material na Folha, rui por terra a versão de que a Casa Civil fez um dossiê para chantagear ou para incriminar", disse a ministra.
Ontem, Dilma reiterou a mais recente versão apresentada pela Casa Civil para o dossiê. Segundo ela, houve montagem nas informações extraídas da base de dados montada oficialmente para organizar processos de prestação de contas de despesas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sua mulher e ministros tucanos com suprimento de fundos.
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