Na FOLHA DE S.PAULO:
O caso Isabella derrubou ontem um dos pilares da política de qualidade da Globo: o respeito aos intervalos comerciais.
Para transmitir o deslocamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina, até uma delegacia, a Globo jogou fora na Grande SP toda a sua programação infantil e exibiu um "SP TV" "especial" com três horas e 16 minutos de duração.
A emissora derrubou todos os intervalos comerciais das 9h30 às 12h31. Na sexta anterior, a "TV Globinho" (programação infantil) teve três intervalos.
A Globo argumenta que o corte da "TV Globinho" se justifica porque foi "um dia jornalisticamente relevante". A emissora avaliou que o caso Isabella seria esclarecido ontem.
A Globo informa que os anúncios da "TV Globinho", por serem segmentados, não entraram no "SP TV". Os anunciantes serão compensados.
A emissora nega que a transmissão de mais de três horas ininterruptas de um caso policial seja reação às recentes derrotas para a Record, no mesmo horário. A opção por Isabella deu certo: o longo "SP TV" marcou 13 pontos, contra 9 da Record, segundo dados preliminares.
Com a suspensão da "TV Globinho", a Globo igualou o caso Isabella a coberturas de alta relevância, como o 11 de Setembro, os ataques do PCC (2006) e a visita do papa (2007).
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