Vejam só como Remo e Paysandu viraram sinônimos de falta de credibilidade e desinteresse quando se trata de ajudá-los financeiramente.
Os dois clubes praticamente dividem as torcidas no Pará. Só para facilitar o raciocínio, façamos um exercício hipotético.
O Pará tem em números redondos 7 milhões de habitantes (6,6 milhões, segundo as últimas estatísticas). Vamos incluir, para os efeitos deste exercício, até os recém-nascidos como torcedores. Então, teremos 3,5 milhões de remistas e 3,5 milhões de bicolores (não consideremos que cada um garante dispor de torcida maior que o outro).
Pois é. As contas poupanças de Remo e Paysandu, abertas pela Justiça Trabalhista em fevereiro, completaram um mês no último sábado. Sabe de quanto foi o valor arrecadado? R$ 7. 423,60 - R$ 3.770,60 do Remo e 3.652,60 do Paysandu. Apenas e somente isto. As informações, oficiais, foram divulgadas há pouco pela Assessoria de Comunicação do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região.
Ainda naquele exercício, vamos supor que, dos 3,5 milhões de torcedores de cada clube 1,5 milhão de remistas e 1,5 milhão de bicolores depositassem R$ 1,00. Seriam R$ 1,5 milhão para um, R$ 1,5 milhão para outro. Com mais dois ou três meses de arrecadação nesse ritmo, as dívidas seriam apenas lembranças.
Por que ninguém dá dinheiro a Remo e Paysandu, muito embora esses recursos estejam sob a administração da Justiça Trabalhista? Porque ninguém acredita que os dois clubes, mesmo assim, venham a ser saneados financeiramente. O estilo de gestão é amador.
Por isso é que Remo e Paysandu estão na terceira divisão. E podem passar para a quarta, que deve ser criada pela CBF.
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