quinta-feira, 24 de abril de 2008

Analistas apontam os erros e os acertos da polícia

Na FOLHA DE S.PAULO:

A investigação sobre a morte de Isabella Nardoni, 5, revela dois lados opostos de uma mesma polícia: uma eficiente, que pode fazer frente às melhores do mundo, e ao mesmo tempo uma organização capaz de cometer erros primários.
Essa é a avaliação de analistas a partir de oito fatos relatados a eles pela Folha, ocorridos na apuração do assassinato.
Uma falha unânime apontado por eles foi a não-preservação do local do crime. O apartamento foi lacrado apenas três dias após o assassinato e muitas pessoas, além dos peritos, visitaram o local nesse ínterim.
"Isso é um equívoco. Erro grave, que não pode ocorrer", resume o advogado Celso Sanchez Vilardi, 40, professor da PUC-SP, que inclui nessa observação o fato de a polícia ter demorado a falar com vizinhos dos fundos do edifício London.
Apenas em 10 de abril a polícia ouviu um pedreiro que disse à Folha ter notado um portão arrombado no sobrado que fica nos fundos do London.
"Mesmo assim [sem preservação do local], a perícia encontrou muitos vestígios", afirmou o também professor de direito da PUC João Ibaixe Jr., 42, e que foi delegado da Polícia Civil entre 1992 e 2001.
Para Ibaixe, apesar da eficiência, a polícia demonstrou uma grande falha de comunicação. "Houve um pouco de precipitação, sensacionalismo, que acabou sendo controlado nos últimos eventos. É necessário a cautela daquilo que é exposto para população, para que essas pessoas não sejam julgadas precipitadamente."
Com a experiência de ter presidido mais de 300 júris em São Paulo, o ex-juiz Luiz Flávio Gomes também vê problemas na comunicação da polícia.

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