O 13, definitivamente, passa a fazer parte da história de vida do ex-governador Almir Gabriel.
13 é o número de legenda do Partido dos Trabalhadores (PT), partido que impôs a Almir, em 2006, a derrota histórica que destronou os tucanos de um reinado que já durava 12 anos consecutivos no Estado do Pará.
13 é o número do quarto onde o ex-governador se encontra na Unidade Coronária do Hospital do Coração, em São Paulo (SP), de onde deve ter alta no máximo alta até amanhã, após ter sido internado por causa de problemas cardiovasculares que se manifestaram no domingo passado, em Bertioga (SP), onde Almir reside com a família desde janeiro.
Mesmo dormindo com o inimigo número 13 – ou com o adversário, se quiserem -, Almir não fala de outra coisa, a não ser de política. Isso tem impressionado positivamente os amigos com quem tem se encontrado, depois que as visitas foram admitidas à Unidade Coronária do HCor com mais liberalidade, uma vez constatado que o ex-governador só precisará, daqui para a frente, observar tratamento clínico, à base de medicamentos, conforme prescrito pelos médicos após o cateterismo a que o paciente se submeteu na última quinta-feira.
Ontem, a ex-vice-governadora Valéria Pires Franco (DEM), por quem Almir nutre um carinho filial, esteve pessoalmente com o ex-governador durante mais de uma hora. E haja papo. Papo de política. Só sobre política. Ela bem que tentava puxar outro assunto, mas ele insistia em falar de política.
Almir queria saber de tudo, em detalhes, inclusive sobre a repercussão de seus problemas de saúde no Pará. Bem-humorado, chegou a rir muito quando Valéria lhe contou que chegaram a “matá-lo” aqui por Belém nos últimos dias.
De fato. Na última terça-feira, os telefones de vários tucanos mais chegados ao ex-governador e de jornalistas foram acionados várias vezes por pessoas querendo saber se era verdade que Almir tinha falecido no hospital, em São Paulo. Alguns chegaram a associar a boataria ao 1º de Abril, Dia da Mentira. Outros, no entanto, concluíram que tudo não passava mesmo de pura maldade, para criar um clima de aflição e apreensão entre pessoas amigas de Almir.
A boataria foi retomada com intensidade na quinta-feira e chegou, inclusive, à redação de um jornal de Belém. O próprio poster foi acionado, no início da tarde, para confirmar junto a alguma fonte se era verdade que Almir tinha morrido. E confirmou com duas fontes, que desmentiram enfaticamente.
Isso tudo o ex-governador deverá ficar sabendo com mais detalhes em suas leituras dos próximos dias. Ele já pediu a um ex-assessor que faça uma compilação de todas as notícias publicadas, para que possa ficar inteirado da repercussão sobre os dias em que passou se recuperando no Hospital do Coração.
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